domingo, 20 de julho de 2014

PT tem plano para controlar Presidência, Câmara e Senado em 2015 (*)



O PT acha que pode conseguir, em 2015, continuar a ter a Presidência da República, com Dilma Rousseff.

 

Mas também acha que chegou a hora de ter as presidências da Câmara e do Senado.

 

Na Câmara, é mais fácil. Os petistas já têm a maior bancada. Devem chegar perto de 100 cadeiras em 2015.

 

No Senado é um pouco mais difícil. Hoje, o PT tem 13 senadores contras 20 do PMDB. Mas 7 peemedebistas precisam renovar seus mandatos em outubro. Entre os petistas, só 3 terão de enfrentar as urnas.

 

Se der certo esse o plano de hegemonia petista (coluna na Folha deste sábado, 15.mar.2014). será a primeira vez que um único partido chega a esse nível de poder desde o final dos anos 80, quando o PMDB dominava soberano a política brasileira.

 
 
 

 
Hegemonia do PT (**)

 

Depois da ditadura militar, o PMDB dominou a política no Brasil. Embalado no Plano Cruzado, emergiu da eleição de 1986 com a maioria dos governadores e grande vantagem na Câmara e no Senado. Passado esse momento artificial, nunca mais um partido teve, ao mesmo tempo, o Palácio do Planalto e as presidências das duas Casas do Congresso. 

 

O PSDB quase chegou lá com o Plano Real. Os tucanos elegeram 99 deputados em 1998. Mas, de lá para cá, foram ladeira abaixo. Hoje, na Câmara, ocupam meras 43 cadeiras. 

 

O PT cresceu sem parar até 2002. O escândalo do mensalão representou um solavanco em 2006. A retomada se deu em 2010. A maior bancada da Câmara agora é a dos petistas, com 87 cadeiras –bem à frente do segundo colocado, o PMDB, que tem 75 representantes. 

 

Ninguém dentro da Câmara, governista ou de oposição, duvida que o PT se preparou para voltar no ano que vem com uma bancada próxima a 100 deputados. Ou maior. Essa dianteira conduzirá um petista a presidir a Casa. 

 

No Senado, o PMDB tem 20 cadeiras. O PT vem em seguida, com 13. Ocorre que sete peemedebistas precisam renovar seus mandatos em outubro, contra apenas três petistas. Não é um despautério imaginar o PT em 2015 com uma bancada de senadores quase igual ou até maior que a do PMDB –sobretudo se Dilma Rousseff for reeleita e alavancar as candidaturas de colegas pelo país. 

 

Tudo considerado, o PT tem condições objetivas de ficar no ano que vem com a Presidência da República além das maiores bancadas individuais e os comandos da Câmara e do Senado. É essa eventual hegemonia que apavora a parte rebelada da base dilmista no Congresso. No momento, quando ainda não é majoritário, o PT trata aliados a pontapés. Os políticos ficam imaginando (e tremendo) ao pensar como será num cenário de poder institucional absoluto.

 

Coluna Fernando Rodrigues – Folha de S. Paulo(**)

Fernando Rodrigues Blog (*)
 
 
 
 
 
 

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