O voto em outubro de 2014 é a grande arma para mudar o
atual estado de coisas (Foto: Agência Senado)
Publicado originalmente em 23 de setembro de 2013
CHEGA DE LUTO. A decepção pela decisão do Supremo de
aceitar os embargos infringentes e, com eles, esticar o julgamento da quadrilha
de mensaleiros até Deus sabe onde — com o risco de crimes graves serem
prescritos, e quadrilheiros saírem livres, leves e soltos — foi um golpe duro
na confiança na Justiça.
Escrevi dias atrás que jogava a
toalha, e, quanto ao Supremo, joguei mesmo. Se vier cadeia para
aqueles que tentaram um golpe de Estado branco contra a democracia, me
considerarei no lucro. Mas, infelizmente — admito –, não deposito esperanças no
tribunal.
Isso
não me impedirá de continuar a escrever apontando as mazelas do lulopetismo que
nos governa há já quase onze anos. Muito menos de apontar, sempre, a
necessidade de não jogar a toalha quanto às ELEIÇÕES — não apenas para a
Presidência, mas para o Congresso, algo para que grande parte dos
brasileiros não dá a devida atenção na hora de votar.
Insistirei,
sempre, na necessidade de tirar essa gente do poder pelo instrumento
democrático do voto.
E
começo hoje, dia em que dou um basta ao luto e proponho, em seu lugar, a LUTA
política, por apontar PELO MENOS 20 RAZÕES PARA VOTAR CONTRA O PT NO
ANO QUE VEM — o que significa votar contra o projeto hegemônico de Lula.
O
projeto hegemônico de Lula é também...
1. O projeto de tomar conta do Congresso,
comprando-o com dinheiro sujo, e
subordiná-lo ao Executivo.
2. O projeto daquele que o Ministério Público denunciou como
sendo “chefe da quadrilha do mensalão” — e que como tal foi aceito pelo Supremo
Tribunal –, o ex-ministro José Dirceu, o velho projeto totalitário de
“bater neles nas urnas e nas ruas”.
Dirceu com Lula nos tempos em que comandava a Casa Civil e Lula era presidente: projeto hegemônico e de manter o poder a qualquer custo (Foto: veja.abril.com.br)
1. O projeto de quem cooptou a maior parte dos partidos
políticos representados no Congresso num processo obsceno
de fornecimento de cargos, verbas parlamentares, vantagens e facilidades
várias, tudo o que antes o lulopetismo criticava como sendo a “velha
política” brasileira — que agora ele próprio
pratica de forma descarada, em aliança espúria com gente como Renan
Calheiros, Jader Barbalho, José Sarney, Paulo Maluf, Fernando Collor e
semelhantes, com o objetivo de manter-se no poder até onde a vista alcança.
2. O projeto de um “núcleo duro” estalinista que nunca
escondeu seu desprezo pela “democracia burguesa” — e que continua não
escondendo.
3. O projeto de Rui Falcão, aquele que, embora nascido e cevado nela, denuncia “a
elite” e ofendeu o Supremo Tribunal Federal ao incluí-lo entre a
oposição “conservadora, suja e reacionária”.
4. O projeto de Franklin Martins — que voltou a frequentar o
Planalto — e sua turma, que a cada momento ressurge dentro do PT
querendo um certo “controle social” da imprensa, sinônimo de calar a
boca da imprensa independente.
5. O projeto dos que somente aplaudiram o Supremo
Tribunal Federal APÓS a admissibilidade dos embargos infringentes — ANTES,
denunciavam as condenações impostas pela corte aos
quadrilheiros ladravazes como sendo um “golpe” da oposição e da imprensa e
uma condenação arbitrária e “sem provas” – , não aceitando as regras mais elementares da democracia e
do Estado de Direito.
6. O projeto de quem enfraqueceu o Supremo com designações de
integrantes sem currículo para estar na Corte, e depois procurou aparelhá-lo,
no transcurso do julgamento do mensalão, com certos ministros escolhidos a dedo
para absolver Dirceu et caterva.
Lula na foto histórica de sua peregrinação até a mansão de Maluf em São Paulo para selar o apoio a Fernando Haddad (centro) como candidato a prefeito: qualquer aliança para manter o poder (Foto: Folhapress)
1. O projeto daqueles que, propositalmente, martelam nos
ouvidos da opinião pública que quem se opõe aos desígnios e propósitos
do lulopetismo “é contra o Brasil”, dividindo os brasileiros entre “nós” e
“eles” — exatamente como fazia a ditadura militar com o odioso “ame-o ou
deixe-o”.
2.
O projeto de quem
esvaziou, desmoralizou e politizou as agências reguladoras — criadas durante o período FHC para serem
entes do Estado, e não de governos, com composição, padrão e ação técnicos
–, distribuindo-as como moeda de troca entre partidos, recheando-as de
militantes ideológicos e de gente despreparada.
3. O projeto de quem, com propósitos políticos e de atender a
uma “elite” clientelista, inchou com milhares de militantes partidários
os quadros da administração pública.
4. O projeto de quem distribuiu cargos gordos e de
alto salário em conselhos de estatais e de fundos de pensão de
funcionários de estatais a sindicalistas “companheiros” — não
pela competência, em quase todos os casos perto de nula, mas pela afinidade
ideológica.
5. O projeto de quem prestou durante o lulalato, e em
menor grau continua prestando no governo Dilma, seguidas homenagens
a regimes párias como o de Cuba e o do Irã, estendeu o tapete
vermelho para demagogos autoritários como o falecido Hugo Chávez e
passou a mão na cabeça de governantes que pisoteiam interesses
brasileiros, como Evo Morales, da Bolívia.
1. . O projeto de
quem tratou os narcoterroristas das chamadas “Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia”, as Farc, como grupo político legítimo no cenário
colombiano, e não como os bandidos, sequestradores e assassinos que são, mostrando
por eles mais consideração do que com os governos democráticos, mas “de
direita”, de Bogotá.
2. O projeto de quem envergonhou o Brasil se abstendo
de condenar, na ONU, regimes que massacram os direitos humanos, concedendo
prioridade em desferir caneladas em aliados ocidentais, a começar pelos
Estados Unidos.
3. O projeto de quem, seguindo a cartilha de uma república de
bananas, abriu com generosidade os braços ao terrorista e assassino
italiano Cesare Battisti, concedendo-lhe o
status de refugiado político e insultando uma democracia exemplar como a
Itália, tradicional amigo do Brasil e terra onde 35 milhões de brasileiros
têm raízes.
4. O projeto daqueles que, na oposição, durante 22 anos
sistematicamente se opuseram, por razões ideológicas, a medidas que
beneficiavam o Brasil, de tal forma que nada que a atual
oposição faça possa nem de longe lembrar o comportamento deletério e derrotista
manifestado por Lula e o lulopetismo ao longo dos governos de quatro presidentes
civis.
5. O projeto de quem, por razões ideológicas, está atado a
um Mercosul inútil, cada vez mais bolivariano, que não
consegue negociar acordos de livre comércio com ninguém importante e no qual, dando um passa-moleque no tradicional
aliado que é o Paraguai, o Brasil contribuiu para abrigar a ditadura
venezuelana, violando a “cláusula democrática” que só admite regimes livres no
grupo.
Enquanto
ficamos para trás no comércio internacional, países latino-americanos pequenos
como a Costa Rica e o Panamá assinam acordos de livre comércio com todas
as grandes potências econômicas, e o Peru, o Chile e a Colômbia unem-se ao
México — que já tem acordo semelhante com os Estados Unidos e o Canadá — na
Aliança do Pacífico.
6. O projeto de quem brinca com a inflação e procura
ocultá-la debaixo do tapete, de olho nas eleições do ano que vem, garroteando e
dando prejuízos à Petrobras, interferindo nas empresas de energia elétrica e
criando uma insegurança jurídica que afasta investidores estrangeiros dos leilões
de concessão.
7. . O projeto de quem está jogando pela janela as chances de
o Brasil dar um salto espetacular de progresso, com um governo medíocre, que promove um crescimento
econômico ridículo, desequilibra as contas públicas, gasta cada vez mais com a
própria manutenção e empurra com a barriga, por falta de liderança política,
reformas essenciais, como a tributária.
Por
hoje está bom, não? Estão aí vinte boas razões para votar CONTRA o lulopetismo
no ano que vem.
Se
fossem só essas vinte… Continuaremos com o assunto.
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