Desmilitarizarem – se –
entenda-se: desvincular do status quo de força auxiliar e reserva do Exército. Desmilitarizar as PM do
Brasil não se resume em apenas e tão só desuniformizá-las, não é isso. É
preciso renovar seus quadros, mormente dos que detêm postos de comando,
substituindo-os por aqueles que têm formação acadêmica, técnica, profissional,
doutrinária e jurídica dentro dos parâmetros e doutrina fundada nos Direitos
Humanos.
A despeito de ser totalmente
favorável à desmilitarização das PM dos Brasil, entendendo-se esta como a
desvinculação permanente da condição de força auxiliar e reserva do Exército Brasileiro e, também,
desgarrando-as da subordinação e dos moldes das forças armadas e, principalmente
de sua formação doutrinária e estrutura – para torna-la mais comunitária,
humana e cidadã.
Nada contra as Forças
Armadas, mas, é mister ressaltar que, a formação doutrinária de emprego,
preparação, adestramento e aperfeiçoamento de seus homens é sempre no sentido
de combater, para vencer, destruir e matar ao inimigo – tendo sido esta a
doutrina empregada na PM, estratégica, política e equivocadamente, ao longo
desses mais de 200 anos. Aliás, há de ser, efetivamente, uma polícia administrativa, ostensiva, fardada,
hierarquizada, disciplinada e não militar.
Às vezes me pergunto o sistema
atual Basicamente se prende a que?
Este tema foi muito discutido
no fórum virtual do portal da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (1ª
Conseg) nos meses que antecederam o evento em agosto (entre os dias 27 e 30 de agosto de 2009 - em Brasília), a desmilitarização das polícias prometia – e
rendeu - debates acirrados. O resultado foi à aprovação de duas diretrizes que
propõem a desmilitarização:
A
- Realizar a transição da segurança pública para atividade eminentemente civil;
desmilitarizar as polícias; desvincular a polícia e corpos de bombeiros das
forças armadas; rever regulamentos e procedimentos disciplinares; garantir
livre associação sindical, direito de greve e filiação político-partidária;
criar código de ética único, respeitando a hierarquia, a disciplina e os
direitos humanos; submeter irregularidades dos profissionais militares à
justiça comum.
B
- Criar e implantar carreira única para os profissionais de segurança pública,
desmilitarizada com formação acadêmica superior e especialização com plano de
cargos e salários em nível nacional, efetivando a progressão vertical e
horizontal na carreira funcional.
Que até hoje não foram
implementadas por que poucos que se acham donos e não querem perder o poder que
hoje acham que tem.
O que posso dizer
categoricamente é que a desmilitarização das polícias pode constituir
importante avanço no plano da construção democrática de políticas públicas de
segurança no país.
As vantagens da
desmilitarização são várias:
Descentralizar o
trabalho das PMs, facilitando a integração com as polícias civis;
Impulsionar a inovação
organizacional, especialmente de modalidades de policiamento adaptadas aos
contextos locais, o que muitas vezes é impedido pelos excessivos níveis de
comando e centralização da hierarquia militarizada;
Diminuir as
probabilidades de militarização da questão social, dificultando estratégias
criminalizadoras da pobreza e dos movimentos sociais na imposição da ordem
pública;
Reduzir as tensões entre
oficialato e tropa, favorecendo a construção de perfis e estratégias
agregadoras nas organizações policiais, o que aumentaria a eficácia coletiva
das polícias e das políticas públicas de segurança.
A desmilitarização das
polícias é um passo imprescindível para a consolidação de um verdadeiro Estado
Democrático de Direito no país. A seu ver, a militarização histórica do
aparelho de segurança pública representa um equívoco filosófico, ideológico,
metodológico e de finalidade, já que introjeta uma lógica de guerra no aparelho
policial.
Polícia deve ser cidadão
controlando cidadão, trabalhador controlando trabalhador, de forma legal e
legítima, dentro do pacto social, antes de tudo prevenindo os crimes pelo
policiamento ostensivo.
E quando isto não for
possível, deve-se investigar prender e apresentar os autores da violência à
Justiça.
“A repressão, quando
necessária, deve ser feita de forma qualificada, dentro da técnica policial, e
não militar”.
Sempre foi um relacionar
as Polícias Militares às Forças Armadas. A hierarquização das Polícias aos
moldes das instituições militares não é exclusividade do Brasil. países como
França, Itália, Espanha, Canadá, entre outros, possuem estruturas semelhantes.
O pensamento hoje é que
há uma necessidade de se manter uma Força Policial sob uma rigorosa disciplina
é necessária, pois se não houver um controle forte e rigoroso, teremos um bando
armado.
Imaginem uma
manifestação de policiais sem controle, armados, reivindicando melhorias
salariais. Seria uma tragédia, pois eles acham que aconteceria o que quase
aconteceu em São Paulo, quando um bando de Policiais Civis, armados, tentaram
chegar a sede do Governo para fazer reivindicações. Isto pode ocasionar
verdadeiras tragédias. Quem usa armas, não pode ser tratado sem controle forte,
este é o pensamento do Governo.
Existem rumores de
extinção das Policiais Militares. A desmilitarização, ou seja, desvinculação do
exército é o início dessa ação.
A discussão está muito
boa. Porém quero fazer algumas ressalvas: quanto custa para o Estado manter um
sistema militar na polícia. Quantitativos: um comandante de unidade operacional
tem: uma viatura, um telefone celular, duas policiais femininos como
secretárias, dois policiais masculinos como motoristas, um policial como Office
boy. Bem, se colocarmos que em cada estado tenha no mínimo 60 comandos, isso é
o mínimo de cada estado em um cálculo bem simples, o sistema militar atual
permite que se retire 300 policiais do combate para colocá-los na manutenção de
privilégios.
O que acontece nas
delegacias: um delegado pode ter uma viatura a sua disposição, porém ele é quem
a dirige. Não uma policial específica para atender somente o delegado. Também
pode ter um telefone móvel funcional. O sistema de arquivos tem despachos
descentralizados que permite uma maior flexibilização e uma menor
burocratização. Com relação a isso quanto será que as polícias militares gastam
com papel.
Ou seja, a sociedade
está cumprindo o seu papel ao clamar por segurança e solicitar um novo modelo
de instituição. Uma instituição moderna que atenda não somente os seus pares,
mas principalmente a quem mantém o sistema financeiramente.
Quando você vai a um
hospital não quer saber se o médico é residente, se é especialista em
determinada área, se é funcionário de carreira ou contrato emergencial. Quer
ter um bom atendimento, ou no mínimo razoável. Estendido a sua família.
Assim acontece com a
questão da segurança pública. Não importa se sejamos atendidos pela polícia militar
ou polícia civil, queremos a satisfação mínima. Isso não está acontecendo há um
bom tempo.
Temos policiais
militares bem treinados sim, porém estes não estão nas ruas. Pergunto-me porque
os oficiais fazem tantos cursos no Brasil e no exterior se não estão no combate.
O que realmente eles deveriam fazer são cursos de relações humanas, de
administração entre outros, pois hoje o que demonstra é que a instituição está
mal administrada e praticamente falida.
Sobre o policial praça é diferente, segundo Stephen Charles
Kanitz (31/01/1946), consultor de empresas e conferencista brasileiro,
argumenta: “Ser Policial exige a rapidez de um executivo, a coragem de um
herói, o discernimento de um Juiz, o tato de um psicólogo”.
Observando a legislação militar vamos encontrar as sanções administrativas e penais, as quais estão sujeitos os militares que debatem assuntos atinentes à disciplinar militar, para os críticos dos atos do governo, para quem observa ato do superior hierárquico, mesmo que esse ato tenha prejudicado a coletividade e seja manifestamente ilegal ou imoral.
Observando a legislação militar vamos encontrar as sanções administrativas e penais, as quais estão sujeitos os militares que debatem assuntos atinentes à disciplinar militar, para os críticos dos atos do governo, para quem observa ato do superior hierárquico, mesmo que esse ato tenha prejudicado a coletividade e seja manifestamente ilegal ou imoral.
Neste contexto é
visível e cristalino o cerceamento às liberdades de pensamento, de expressão,
de reunião, da livre atividade intelectual, de locomoção e outras expressas na
carta magna do país, por outro lado, no dizer de Jean-Jacques Israel em sua
fenomenal obra o Direito das Liberdades Fundamentais “além do seu valor
jurídico, as liberdades têm importância social e ressonância humana”.
Ora, vivemos em uma nova ordem institucional, o estado de direito onde um governo civil eleito democraticamente pela população se encontra sedimentado, assim, ficou no passado o sistema ditatorial em que os militares comandaram a nação.
Ora, vivemos em uma nova ordem institucional, o estado de direito onde um governo civil eleito democraticamente pela população se encontra sedimentado, assim, ficou no passado o sistema ditatorial em que os militares comandaram a nação.
O
QUE PODEMOS DIZER SOBRE A DESMILITARIZAÇÃO
As vantagens
da desmilitarização progressiva são várias: descentralizar o trabalho das BMs e
PMs, facilitando a integração com as polícias civis; impulsionar a inovação
organizacional, especialmente de modalidades de policiamento adaptadas aos
contextos locais, o que muitas vezes é impedido pelos excessivos níveis de
comando e centralização da hierarquia militarizada; diminuir as probabilidades
de militarização da questão social, dificultando estratégias criminaliszadoras
da pobreza e dos movimentos sociais na imposição da ordem pública; reduzir as
tensões entre oficialato e tropa, favorecendo a construção de perfis e
estratégias agregadoras nas organizações policiais, o que aumentaria a eficácia
coletiva das polícias e das políticas públicas de segurança
CONCLUSÃO
Portanto, a desmilitarização não resolveria todos os problemas, mas certamente permitiria aos atuais policiais militares sair da condição de subcidadão passando a gozar da plena cidadania, passariam a gozar dos direitos básicos preconizados na carta maior deste país, comuns às demais classes: livre associação sindical, direito de greve, filiação político-partidária, jornadas dignas de trabalho, direito a horas extras, a adicional de insalubridade, a adicional noturno e outras conquistas garantidas a qualquer trabalhador brasileiro.
Ademais a desmilitarização cumpriria a diretriz da CONSEG votada majoritariamente em 12º lugar, abrindo caminho para uma possível unificação das policiais estaduais e assim a realização do ciclo completo de polícia (atribuição à mesma corporação policial das atividades repressivas de polícia judiciária ou investigação criminal e da prevenção aos delitos e manutenção da ordem pública realizadas pela presença ostensiva uniformizada dos policiais nas ruas)
Portanto, a desmilitarização não resolveria todos os problemas, mas certamente permitiria aos atuais policiais militares sair da condição de subcidadão passando a gozar da plena cidadania, passariam a gozar dos direitos básicos preconizados na carta maior deste país, comuns às demais classes: livre associação sindical, direito de greve, filiação político-partidária, jornadas dignas de trabalho, direito a horas extras, a adicional de insalubridade, a adicional noturno e outras conquistas garantidas a qualquer trabalhador brasileiro.
Ademais a desmilitarização cumpriria a diretriz da CONSEG votada majoritariamente em 12º lugar, abrindo caminho para uma possível unificação das policiais estaduais e assim a realização do ciclo completo de polícia (atribuição à mesma corporação policial das atividades repressivas de polícia judiciária ou investigação criminal e da prevenção aos delitos e manutenção da ordem pública realizadas pela presença ostensiva uniformizada dos policiais nas ruas)
Consciência Política PM&BM
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2012N28583
Para alcançarmos está
Polícia Cidadã é necessário antes de qualquer coisa que nós como cidadãos de um
país democrático tenhamos uma polícia desmilitarizada, há uma necessidade
urgente dessa transformação. Para que tenhamos uma Polícia Cidadã somente é
necessário que você Assine a nossa petição:
PETIÇÃO PÚBLICA PELA DESMILITARIZAÇÃO DAS POLÍCIAS E BOMBEIROS MILITARES
DO BRASIL!
Senhores PMDF vamos parar as atividades por 24 hs!
ResponderExcluirO governo safado que ai está não nos respeita,nos humilha ,dar aumento maior para PC,não joga limpo com os praças,se reune debaixo dos panos só para nos prejudicar,para eles não valemos nada ,então vamos mostrar para esses bandidos que eles precisa de nós é o cúmulo do absurdo eles querer enviar a proposta para o governo federal sem nos mostrar seus percentuais com certeza esses oficiais pilantras junto com politicos dos Partidos dos Traidores querem nos fuder,estamos com a faca e o queijo na mão o primeiro inimigo a cair será o Sucuri,vamos lotar os hospitais atrás de atestados,hemocentros doando sangue os que não conseguirem chegue com suas roupas molhadas dizendo que foi nossas esposasque molhou e vamos comparecer com traje paisanos nos quarteis , mobilizando nossas mulheres e inativos, para se colocar na frentes dos quarteis em protestos, atrapalhando a saida de viaturas. Que tal tocarmos o foda-se geral por vinte e quatro horas só assim esses ladrões vão nos respeitar..
Estamos cansados de sermos cidadões de ultima categoria e escravos desses politicos demagogos,vamos parar geral e colocarmos a culpa no 01 que arroxa e no governador que promete e não cumpre..
ESTÁ É A UNICA MANEIRA DE SERMOS OUVIDOS E RESPEITADOS.
PMDF?já está assim? com soldado ganhando quatro mil contos?imaginem um oficial com 31 anos aqui no rj. nem seis contos? ai acho que vcs. não vão sensibilizar os lacaios de outros estados não! chame o cabo patricio é o héroi de vcs. ai inviabilizou nossa pec. 300.só assim vcs. sentirão no bolso o que nós passamos. boa sorte. e votem no cabo pmdf.PATRICIO.
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