segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Congresso e a sociedade discutem a desmilitarização da Polícia e Bombeiro, e aqui dentro da corporação?





Com os protestos no País ano passado, foi reaberto um antigo debate sobre a desmilitarização da polícia brasileira. Mais o que tenho notado atualmente é que os principais interessados neste debate ficam as margens deste assunto, pois neste momento ainda impera a CULTURA DO AUMENTO E PROMOÇÃO, que está gostando disto tudo são os oficiais que tem muito medo de que a desmilitarização saia do papel, e isto é preocupante neste momento em que o próprio congresso debate este tema, não é possivel que continuemos com esta cultura em nosso meio, precisamos sim de aumento, precisamos sim de promoção, mais pensar somente nestes dois fatores e esquecer os outros não é o correto, então vamos debater este tema que é muito relevante para nós policiais militares, pois é chegada a hora de tomar uma decisão.



O que podemos notar é que desde os primeiros atos, os manifestantes denunciaram a truculência e exageros na ação da polícia para conter e dispersar as aglomerações. Mas o que realmente trouxe a tona este debate foi um episódio ocorrido no Complexo da Maré no último dia 25, só para lembrar:

A operação policial ocorrida nos dias 24 e 25 de junho na comunidade Nova Holanda, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, que resultou na morte de dez pessoas, incluindo um policial.

Demonstrou a real necessidade de repensar o papel das forças de segurança em favelas e periferias nas grandes cidades.

Não podemos esquecer que há um ano, o Conselho de Direitos Humanos da ONU sugeriu a pura e simples extinção da Polícia Militar no Brasil. Para vários membros do conselho (como Dinamarca, Espanha e Coréia do Sul), estava claro que a própria existência de uma polícia militar era uma aberração só explicável pela dificuldade crônica do Brasil de livrar-se das amarras institucionais produzidas pela ditadura

A uma certeza inabalável de que a desmilitarização das polícias é um ponto importante para ser discutido porque há um consenso de que um dos fatores que de certa forma trava a agenda da segurança pública e as práticas de controle social são uma visão militarizada da questão social e dos problemas como a violência e o crime, "Somos um Estado localizado em região de fronteira. Este é um desafio do nosso Estado. É preciso rever e ter formas de cooperação entre os municípios, o Estado, a nação, no sentido de trazer políticas para esta região de fronteira não só referente à política de segurança pública ou à repressão, mas também integrar esses municípios de fronteira ao processo de desenvolvimento regional e nacional" – diz o professor Naldson Ramos da Costa, integrante do Núcleo Interinstitucional de Estudos da Violência e Cidadania.

Sou um defensor da desmilitarização das polícias, não só pela demanda que ressurgiu devido a truculência na repressão aos manifestantes que participaram de protestos em várias cidades brasileiras, como também a total falta de direitos dos próprios integrantes das corporações, que são tratados como verdadeiros escravos atuais dos governantes a bel prazer – completa o professor Naldson Ramos da Costa.

A desmilitarização é uma agenda que precisa ser debatida com todas as autoridades, com o poder legislativo e também com os integrantes das corporações, pois a uma necessidade de se rever o sentido das práticas militares que contribuem negativamente para a segurança do cidadão.

Porém, a área de segurança pública enfrenta outros desafios. Entre eles, rever boa parte dos procedimentos que são realizados em todos os Estados no que diz respeito à gestão e informação e ampliar de forma substancial as políticas estratégicas visando reduzir os índices de violência e criminalidade.

Longe dos holofotes durante os últimos meses, o debate em relação à desmilitarização e à união da polícia (civil e militar), voltou a figurar entre reivindicações de setores da sociedade. A reforma da polícia, defendida por especialistas de segurança pública, agora parece ter ganhado o apoio daqueles que sofreram com os excessos e abusos de poder durante as manifestações.

Há uma necessidade urgente de que os integrantes, na sua maioria praças participem deste debate, para não ficarem a reboque das decisões que podem não agradar, pois se não participarmos deste debate não poderemos dar a nossa contribuição para vermos uma policia mais cidadã, então não fique parado olhando o trem passar, ele está na estação, basta você entrar e dar a sua opinião sobre o que você quer e deseja nesta nova polícia que pode surgir.

Consciência Política PM&BM

2 comentários:

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