Com os protestos no País ano passado, foi reaberto um antigo debate sobre a desmilitarização da polícia brasileira. Mais o que tenho notado atualmente é que os principais interessados neste debate ficam as margens deste assunto, pois neste momento ainda impera a CULTURA DO AUMENTO E PROMOÇÃO, que está gostando disto tudo são os oficiais que tem muito medo de que a desmilitarização saia do papel, e isto é preocupante neste momento em que o próprio congresso debate este tema, não é possivel que continuemos com esta cultura em nosso meio, precisamos sim de aumento, precisamos sim de promoção, mais pensar somente nestes dois fatores e esquecer os outros não é o correto, então vamos debater este tema que é muito relevante para nós policiais militares, pois é chegada a hora de tomar uma decisão.
O que podemos notar é que desde os primeiros atos, os
manifestantes denunciaram a truculência e exageros na ação da polícia para
conter e dispersar as aglomerações. Mas o que realmente trouxe a tona este
debate foi um episódio ocorrido no Complexo da Maré no último dia 25, só para
lembrar:
A
operação policial ocorrida nos dias 24 e 25 de junho na comunidade Nova
Holanda, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, que resultou na
morte de dez pessoas, incluindo
um policial.
Demonstrou
a real necessidade de repensar o papel das forças de segurança em favelas e
periferias nas grandes cidades.
Não podemos esquecer que há um ano, o Conselho de Direitos
Humanos da ONU sugeriu a pura e simples extinção da Polícia Militar no Brasil.
Para vários membros do conselho (como Dinamarca, Espanha e Coréia do Sul),
estava claro que a própria existência de uma polícia militar era uma aberração
só explicável pela dificuldade crônica do Brasil de livrar-se das amarras
institucionais produzidas pela ditadura
A uma certeza inabalável de que a desmilitarização das polícias é um
ponto importante para ser discutido porque há um consenso de que um dos fatores
que de certa forma trava a agenda da segurança pública e as práticas de
controle social são uma visão militarizada da questão social e dos problemas
como a violência e o crime, "Somos um
Estado localizado em região de fronteira. Este é um desafio do nosso Estado. É
preciso rever e ter formas de cooperação entre os municípios, o Estado, a
nação, no sentido de trazer políticas para esta região de fronteira não só
referente à política de segurança pública ou à repressão, mas também integrar
esses municípios de fronteira ao processo de desenvolvimento regional e
nacional" – diz o professor Naldson Ramos da Costa,
integrante do Núcleo Interinstitucional de Estudos da Violência e Cidadania.
Sou um defensor da desmilitarização das polícias, não só pela demanda
que ressurgiu devido a truculência na repressão aos manifestantes que
participaram de protestos em várias cidades brasileiras, como também a total
falta de direitos dos próprios integrantes das corporações, que são tratados
como verdadeiros escravos atuais dos governantes a bel prazer – completa o professor
Naldson Ramos da Costa.
A desmilitarização
é uma agenda que precisa ser debatida com todas as autoridades, com o poder
legislativo e também com os integrantes das corporações, pois a uma necessidade
de se rever o sentido das práticas militares que contribuem negativamente para
a segurança do cidadão.
Porém,
a área de segurança pública enfrenta outros desafios. Entre eles, rever boa
parte dos procedimentos que são realizados em todos os Estados no que diz
respeito à gestão e informação e ampliar de forma substancial as políticas
estratégicas visando reduzir os índices de violência e criminalidade.
Longe
dos holofotes durante os últimos meses, o debate em relação à desmilitarização
e à união da polícia (civil e militar), voltou a figurar entre reivindicações
de setores da sociedade. A reforma da polícia, defendida por especialistas de
segurança pública, agora parece ter ganhado o apoio daqueles que sofreram com
os excessos e abusos de poder durante as manifestações.
Há
uma necessidade urgente de que os integrantes, na sua maioria praças participem
deste debate, para não ficarem a reboque das decisões que podem não agradar,
pois se não participarmos deste debate não poderemos dar a nossa contribuição
para vermos uma policia mais cidadã, então não fique parado olhando o trem
passar, ele está na estação, basta você entrar e dar a sua opinião sobre o que
você quer e deseja nesta nova polícia que pode surgir.
Eu sou a favor da desmilitarização.
ResponderExcluirEu sou a favor da desmilitarização.
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