Paulo Roberto Costa afirmou que fraudou licitações
nas duas maiores obras da estatal. Ele dá nome aos lobistas, diretores de
empreiteiras, funcionários e partidos que recebiam o dinheiro.
Em 10 de dezembro de
2009, a Petrobras assinou um contrato de R$ 3,1 bilhões com um consórcio
formado pelas empreiteiras Odebrecht e OAS. O contrato, classificado como
“reservado” pela estatal, a que ÉPOCA teve acesso, previa que o consórcio
trabalharia na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Foi uma
grande vitória para as duas empreiteiras, duas das maiores do país.
Mesmo para
os padrões delas, era um senhor contrato. Foi também uma vitória especial para
três dos personagens que tornaram viável. Dois deles estavam na cúpula da
Petrobras: Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento, indicado por PP, PMDB
e PT, e Renato Duque, diretor de Serviços, indicado pelo PT. O terceiro
personagem estava na Odebrecht: o engenheiro Rogério de Araújo, diretor da empreiteira.
Ele assinou o contrato. Segundo Paulo Roberto confessou aos procuradores que
investigam esquemas de corrupção na Petrobras, e ÉPOCA agora revela com
exclusividade, o contrato foi superfaturado, num percentual entre 18% e 20%, de
maneira a assegurar o pagamento de propina aos envolvidos. Eram pagamentos a
funcionários da Petrobras, como ele e Duque; a lobistas que atuaram no negócio;
e, finalmente, a diretores das empreiteiras. O contrato, disse Paulo Roberto,
só foi fechado após um acerto entre ele e Araújo, o diretor da Odebrecht. O
acerto previa pagamento de propina a Paulo Roberto em paraísos fiscais – e o
compromisso de “colaboração” financeira às campanhas dos partidos da base
aliada, que asseguravam o aparelhamento político na Petrobras.
PRESSÃO
Paulo Roberto Costa. Em sua delação, ele tem muito a perder se esconder informações da polícia (Foto: Sergio Lima Folhapress)
Paulo Roberto Costa. Em sua delação, ele tem muito a perder se esconder informações da polícia (Foto: Sergio Lima Folhapress)
As informações são
inéditas e foram checadas por ÉPOCA com três investigadores que têm acesso às
dezenas de horas dos depoimentos prestados por Paulo Roberto à força-tarefa,
desde que ele fechou um acordo de delação premiada, no final de agosto. ÉPOCA
também obteve documentos que corroboram alguns dos pontos narrados por Paulo
Roberto e entrevistou dois operadores do esquema. Sob a condição de permanecer
no anonimato, eles confirmaram o teor do que Paulo Roberto disse ao Ministério
Público (MP). Segundo a narrativa dele, o percentual de superfaturamento de 18%
a 20% aplicava-se à maioria dos contratos fechados por ele com as empreiteiras.
Esse dinheiro extra, bancado pelos cofres da Petrobras, era dividido pelos
envolvidos. Na divisão do butim de 18%, quem detinha a caneta mais poderosa
ficava com um percentual maior. Em primeiro lugar, os políticos dos partidos –
PT, PMDB e PP – que garantiam a permanência dos diretores da Petrobras no
cargo. Em seguida, diretores como ele, Paulo Roberto. Abaixo deles, o núcleo
operacional – lobistas, doleiros e operadores que montavam os negócios e se
encarregavam de pagar os superiores, após reter uma comissão.
Paulo
Roberto contou aos procuradores que vendia às empreiteiras algo que definiu
como um “pacote de serviços”. Em vez de cobrar propina por contrato fechado,
preferia vender seus préstimos no atacado e criar uma relação comercial
duradoura e profissional. Paulo Roberto disse que a Odebrecht fechara com ele
um pacote desses. O pacote fora negociado, disse Paulo Roberto, com o diretor
Rogério de Araújo, aquele que assinou o contrato de R$ 3,1 bilhões para a
refinaria Abreu e Lima – o contrato e os sucessivos aditivos a ele. Segundo o
depoimento de Paulo Roberto, além de lobistas e parlamentares ouvidos por
ÉPOCA, os homens da Odebrecht responsáveis por obter os contratos bilionários
na Petrobras eram Araújo e Márcio Faria, também diretor da empreiteira. A
agenda de Paulo Roberto, apreendida pela Polícia Federal (PF), aponta vários
encontros entre eles, em geral em restaurantes discretos no Rio de Janeiro. Os
extratos telefônicos de Paulo Roberto também reforçam os contatos frequentes
entre eles. Os dois diretores da Odebrecht já são investigados pelo MP.
MISTÉRIO
A refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Só agora se esclarecem as suspeitas sobre a obra (Foto: divulgação/Petrobras)
A refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Só agora se esclarecem as suspeitas sobre a obra (Foto: divulgação/Petrobras)
Paulo Roberto afirmou
aos procuradores que o pacote da Odebrecht incluía os contratos na refinaria
Abreu e Lima e no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro, o Comperj. Pelo
acordo, cabia a Paulo Roberto (mas não apenas a ele) assegurar que a Odebrecht
ganhasse e mantivesse contratos nas duas obras, entre as mais caras da
Petrobras. Em contrapartida, Paulo Roberto disse que recebeu US$ 23 milhões,
por intermédio da Odebrecht, em suas contas secretas na Suíça. Para que não
houvesse óbices aos contratos da Odebrecht, como no caso de outras
empreiteiras, era preciso, disse Paulo Roberto, assegurar o “apoio” de Renato
Duque, o diretor de Serviços, indicado pelo PT e interlocutor íntimo do
tesoureiro informal do partido, João Vaccari. As licitações para as obras nas
refinarias passavam por Duque. Qualquer obra média precisava ser aprovada pelos
diretores da estatal. Por isso, afirmou Paulo Roberto, era fundamental
assegurar “financeiramente” o apoio de Duque e do PT.
Na semana passada, o
ministro Teori Zavascki, que relata o caso no Supremo Tribunal Federal,
homologou a delação premiada de Paulo Roberto. Graças a sua extensa colaboração
com os procuradores, ele deixou a prisão. Ficará em prisão domiciliar,
monitorado por uma tornozeleira eletrônica. Sua família, que o ajudava no
esquema, também ficará livre. Paulo Roberto comprometeu-se a devolver o dinheiro
obtido com seus “pacotes de serviços”. São US$ 28 milhões em contas secretas,
uma multa de R$ 5 milhões à vista, além de entregar bens, como mansões e
lanchas. A delação o obriga a continuar a colaborar com as investigações, à
medida que elas avancem e novos casos sejam descobertos. Se alguma informação
que ele forneceu se mostrar falsa, ou caso os procuradores avaliem que ele não
contou tudo, Paulo Roberto perderá a delação. Voltará para a cadeia. Por isso,
a palavra dele tem tanto peso, embora ele seja um criminoso. Paulo Roberto tem
todos os incentivos para falar a verdade – e corre todos os riscos se faltar
com ela.
Reservadamente,
os investigadores afirmam que ninguém será processado apenas em virtude do que
disse Paulo Roberto. Será preciso mais. Mas o que ele disse e puder ser provado
– ou já estiver provado, diante das provas recolhidas pela PF nos últimos meses
– o consagra como a testemunha mais valiosa na história do combate à corrupção
no Brasil. Paulo Roberto entregou, além da Odebrecht, maior empreiteira do
país, os demais gigantes do setor: Camargo Corrêa, OAS, Mendes Júnior, Queiroz
Galvão, entre tantas outras.
Entregou, também,
multinacionais poderosas da indústria do petróleo, como Trafigura e Glencore,
as grandes vendedoras de derivados de combustível no mercado internacional. E
entregou uma extensa lista de deputados, senadores, ministros e governadores
que, segundo ele, se beneficiaram, direta ou indiretamente, da corrupção
orgânica na maior empresa do Brasil.
Pela
primeira vez desde a redemocratização do país, existe a possibilidade real de
processar – e, eventualmente, de punir – esse tipo de corrupção. Na escala da
corrupção política e industrial brasileira, nada é maior do que a Petrobras.
Trata-se da maior estatal do Brasil, dirigida por quadros comandados por alguns
dos maiores políticos do Brasil, que fecham, à base de propina, os maiores
contratos do Brasil com algumas das maiores empresas do Brasil – e do mundo. Os
desdobramentos da Operação Lava Jato, caso não sejam barrados por algum
tribunal, terão consequências profundas, política, econômica ou juridicamente.
Há frentes de investigação para cada empresa e políticos citados, com
pormenores, nos fatos narrados por Paulo Roberto ou já descobertos antes disso.
É possível que corruptores (as empresas) e corruptos (políticos e burocratas)
sejam, pela primeira vez, exemplarmente punidos juntos.
As consequências políticas do caso serão imediatas e severas. Com tantos
parlamentares e políticos poderosos sob investigação, o próximo presidente,
seja ele quem for, terá de controlar o risco de uma crise institucional no
Congresso. Num primeiro momento, qualquer reforma que precise passar pela
Câmara e pelo Senado está descartada. Os parlamentares começarão 2015 sob
intensa pressão para também investigar e punir os políticos suspeitos de
participar no esquema. É altamente improvável que os nomes dos envolvidos
permaneçam muito mais tempo em segredo. Haverá pressão para a prorrogação das
duas CPIs que investigam a Petrobras e também para criar outra que apure os
desdobramentos do depoimento de Paulo Roberto. Se tiver muita habilidade
política, o próximo presidente evitará uma crise que afunde o Congresso já no
começo da nova legislatura. Se agir atabalhoadamente, será tragado para a crise
e a ampliará.
NOVA DELAÇÃO
O doleiro Alberto Youssef. Depois de sete meses preso, ele iniciou seu depoimento na quinta passada. No destaque, o nome do executivo do banco PKB, que cuidava de seus clientes (Foto: Joedson Alves/Estadão Conteúdo.
O doleiro Alberto Youssef. Depois de sete meses preso, ele iniciou seu depoimento na quinta passada. No destaque, o nome do executivo do banco PKB, que cuidava de seus clientes (Foto: Joedson Alves/Estadão Conteúdo.
Nos depoimentos de sua
delação premiada, Paulo Roberto reiterou seguidamente a relevância do lobista
Fernando Soares, conhecido no mercado – e no Congresso – como Fernando Baiano.
ÉPOCA revelou em abril a participação de Baiano no esquema. Baiano, segundo os
investigadores ouvidos pela reportagem de ÉPOCA e o depoimento de Paulo
Roberto, detinha uma dupla função na organização criminosa. Era ele o principal
intermediário entre Paulo Roberto e empreiteiras como Queiroz Galvão e Andrade
Gutierrez. Paulo Roberto e seus familiares cuidavam das tratativas com os
“pacotes premium”, aqui e no exterior. Baiano obtinha oportunidades pontuais de
negócios com as empreiteiras e demais fornecedoras da Petrobras. Baiano também
era encarregado da interlocução política com o PMDB. O doleiro Alberto Youssef
e o operador João Cláudio Genu cuidavam do PP. Muitos dos favores concedidos
por Paulo Roberto a políticos chegaram a ele por meio de Baiano. Os favores
variavam. Envolviam coisas como encerrar um litígio entre a Petrobras e um
empresário amigo, ou comprar derivados de combustível de uma empresa indicada
pelo político.
Baiano crescera na
organização de Paulo Roberto graças a sua destreza nas duas pontas: conseguir
negócios e acalmar os políticos que o sustentavam no cargo. Quando foi nomeado
diretor de Abastecimento, em 2004, Paulo Roberto fora indicado pelo PP, com o
aval de José Dirceu e Delúbio Soares. Após a crise do mensalão, em 2005, Paulo
Roberto precisou de mais apoio político para permanecer no posto. Baiano, um lobista
que já atuava nas cercanias da Petrobras, surgiu como um facilitador. Ao lado
do advogado Eduardo Gouvea, Baiano já mantinha boas relações com deputados e
senadores do PMDB. Também tinha amigos em todas as facções do PP, que ameaçava
se desintegrar após o mensalão. Baiano, segundo os relatos ouvidos
por ÉPOCA e o depoimento de Paulo Roberto, foi fundamental para que o
esquema se mantivesse – e até aumentasse em escopo e ambição. Baiano passou a
conseguir negócios no exterior.
O depoimento de Paulo Roberto é corroborado pelos documentos apreen-didos pela PF no decorrer da Lava Jato. Como revelou ÉPOCA em abril, Baiano recebia sua comissão e repassava o restante a Paulo Roberto. Em muitos casos, o dinheiro das empreiteiras era repassado a Baiano por meio da estrutura financeira de Youssef. É o que demonstra a contabilidade dele e também de Paulo Roberto. De acordo com a PF, Paulo Roberto recebeu pelo menos o equivalente a R$ 2,4 milhões de Baiano em reais, dólares e euros em diferentes negócios. Muitos dos políticos beneficiários do esquema receberam propina por meio de Baiano, disse Paulo Roberto. Agora, a força-tarefa concentra grande parte dos esforços em rastrear as operações financeiras de Baiano, no Brasil e em paraísos fiscais.
Os investigadores têm grandes chances de sucesso. Como num quebra-cabeça em que cada peça começa a se encaixar à perfeição, o homem que cuidava do dinheiro de Paulo Roberto e Baiano também fechou um acordo de delação com o MP. Na quinta-feira, Youssef começou a prestar depoimento na Superintendência da PF em Curitiba, onde está preso há sete meses. Youssef conseguiu incluir no acordo, além da Operação Lava Jato, antigas acusações por sua participação no esquema de evasão de divisas, conhecido como Caso Banestado. Por que Youssef fechou o acordo na semana passada? Ele aguardou a conclusão dos depoimentos de Paulo Roberto. Apontado como elo “operacional” da quadrilha na distribuição de propina, Youssef acreditava que conseguiria costurar um acordo que lhe seria favorável com os procuradores, porque ele tem condição de confirmar e provar as acusações feitas por Paulo Roberto. Youssef pode apontar o envolvimento de políticos, a entrega de valores a esses agentes públicos e a movimentação de recursos no exterior. Ele se comprometeu a entregar os beneficiários do esquema. Entre eles, políticos do PMDB, do PP, do PT e do PTB. Youssef assegurou aos procuradores que guardou as provas dos pagamentos sujos.
A força-tarefa espera que os depoimentos de Youssef ajudem na busca pelas provas dos pagamentos de propina no exterior. Um dos principais braços operacionais do esquema estava concentrado no banco suíço PKB, que enfrenta processos por lavagem de dinheiro em muitos países. José Luiz Pires, o homem do PKB que cuidava dos clientes brasileiros, intermediou pagamentos para Youssef e Paulo Roberto. E também para outro operador importante da Petrobras: Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP, amigo do senador Fernando Collor, do PTB. Leoni Ramos foi acusado de cobrar propina na Petrobras, durante o governo Collor.
O depoimento de Paulo Roberto é corroborado pelos documentos apreen-didos pela PF no decorrer da Lava Jato. Como revelou ÉPOCA em abril, Baiano recebia sua comissão e repassava o restante a Paulo Roberto. Em muitos casos, o dinheiro das empreiteiras era repassado a Baiano por meio da estrutura financeira de Youssef. É o que demonstra a contabilidade dele e também de Paulo Roberto. De acordo com a PF, Paulo Roberto recebeu pelo menos o equivalente a R$ 2,4 milhões de Baiano em reais, dólares e euros em diferentes negócios. Muitos dos políticos beneficiários do esquema receberam propina por meio de Baiano, disse Paulo Roberto. Agora, a força-tarefa concentra grande parte dos esforços em rastrear as operações financeiras de Baiano, no Brasil e em paraísos fiscais.
Os investigadores têm grandes chances de sucesso. Como num quebra-cabeça em que cada peça começa a se encaixar à perfeição, o homem que cuidava do dinheiro de Paulo Roberto e Baiano também fechou um acordo de delação com o MP. Na quinta-feira, Youssef começou a prestar depoimento na Superintendência da PF em Curitiba, onde está preso há sete meses. Youssef conseguiu incluir no acordo, além da Operação Lava Jato, antigas acusações por sua participação no esquema de evasão de divisas, conhecido como Caso Banestado. Por que Youssef fechou o acordo na semana passada? Ele aguardou a conclusão dos depoimentos de Paulo Roberto. Apontado como elo “operacional” da quadrilha na distribuição de propina, Youssef acreditava que conseguiria costurar um acordo que lhe seria favorável com os procuradores, porque ele tem condição de confirmar e provar as acusações feitas por Paulo Roberto. Youssef pode apontar o envolvimento de políticos, a entrega de valores a esses agentes públicos e a movimentação de recursos no exterior. Ele se comprometeu a entregar os beneficiários do esquema. Entre eles, políticos do PMDB, do PP, do PT e do PTB. Youssef assegurou aos procuradores que guardou as provas dos pagamentos sujos.
A força-tarefa espera que os depoimentos de Youssef ajudem na busca pelas provas dos pagamentos de propina no exterior. Um dos principais braços operacionais do esquema estava concentrado no banco suíço PKB, que enfrenta processos por lavagem de dinheiro em muitos países. José Luiz Pires, o homem do PKB que cuidava dos clientes brasileiros, intermediou pagamentos para Youssef e Paulo Roberto. E também para outro operador importante da Petrobras: Pedro Paulo Leoni Ramos, o PP, amigo do senador Fernando Collor, do PTB. Leoni Ramos foi acusado de cobrar propina na Petrobras, durante o governo Collor.
Segundo
documentos apreendidos pela PF no escritório de Pires, a que ÉPOCA teve acesso,
como extratos bancários e anotações, a OAS mantinha contas no PKB. Algumas das
principais empresas offshore de Paulo Roberto e Youssef, também. Os documentos
mostram que a OAS African Investments, uma subsidiária internacional da OAS,
transferiu, em 2013, ao menos US$ 4,8 milhões para uma conta no PKB
administrada por Paulo Roberto e Youssef. A OAS integra, com a Odebrecht, o
consórcio que faturou o contrato de R$ 3,1 bilhões na refinaria Abreu e Lima em
2010. Na agenda de Pires, há uma anotação em dezembro de 2010. Logo após as
eleições daquele ano, Pires escreveu o seguinte: “Construtora – fora – campanha
política”. “Presumindo que haverá recursos do exterior destinados à campanha
política”, dizem os peritos da PF, num relatório obtido por ÉPOCA (leia o
fac-símile na página 37).
A
força-tarefa teve acesso também a rascunhos de contratos entre as empreiteiras
e o núcleo operacional do esquema. Um deles envolve a mesma OAS e uma empresa
offshore controlada por Youssef e Paulo Roberto. Prevê que Paulo Roberto e
Youssef consigam “ajudar” a OAS a obter um contrato para trabalhar na expansão
do Porto Walvis, na Namíbia, um dos mais importantes da África. O governo da
Namíbia contratara uma empresa brasileira para cuidar da licitação, e lobistas
do PMDB têm bons contatos lá. É uma operação do ano passado. Ela revela como os
empreendimentos de Paulo Roberto e Youssef cresciam espantosamente. Os
investigadores já descobriram que parte significativa do dinheiro recebido
pelos dois lá fora era transferido para contas em Hong Kong, onde é mais difícil,
pela legislação local, obter provas.
No Brasil, provas não faltam. As auditorias do Tribunal de Contas da União nos contratos da Abreu e Lima e do Comperj confirmam que houve superfaturamento nas obras, como confessou Paulo Roberto. No caso da Odebrecht, a participação na Abreu e Lima começou antes mesmo do contrato de R$ 3,1 bilhões. A empreiteira fez parte do consórcio responsável pela terraplenagem do local, em contrato assinado em agosto de 2007. Além da Odebrecht, participaram do consórcio Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia. Segundo o TCU, o contrato de R$ 534 milhões tem indícios de um superfaturamento de quase R$ 70 milhões. Em alguns casos, houve aumento de 1.278% em relação à quantidade de produtos previstos.
No Brasil, provas não faltam. As auditorias do Tribunal de Contas da União nos contratos da Abreu e Lima e do Comperj confirmam que houve superfaturamento nas obras, como confessou Paulo Roberto. No caso da Odebrecht, a participação na Abreu e Lima começou antes mesmo do contrato de R$ 3,1 bilhões. A empreiteira fez parte do consórcio responsável pela terraplenagem do local, em contrato assinado em agosto de 2007. Além da Odebrecht, participaram do consórcio Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Galvão Engenharia. Segundo o TCU, o contrato de R$ 534 milhões tem indícios de um superfaturamento de quase R$ 70 milhões. Em alguns casos, houve aumento de 1.278% em relação à quantidade de produtos previstos.
O TCU também detectou
problemas no contrato de R$ 3,1 bilhões, fechado em 2009, decorrentes de falhas
na própria terraplenagem feita pelo consórcio. Segundo o TCU, era difícil até
colocar estacas no terreno. Somente esse problema aumentou os custos do
contrato em R$ 210 milhões. “A construtora Odebrecht também participou do
consórcio que desenvolveu a obra de terraplenagem. Isso leva a crer que o grau
de resistência do terreno já era de conhecimento do consórcio. Tal fato também
deveria ter sido de conhecimento da Petrobras, que contratou e fiscalizou as
obras”, diz um dos relatórios. No mês passado, o TCU apontou que, no total, as
obras na refinaria Abreu e Lima têm indícios de superfaturamento de quase R$
370 milhões. As irregularidades repetem-se nas obras do Comperj, outra que
fazia parte do “pacote de serviços” de Paulo Roberto. Em 2008, a Petrobras
assinou um contrato de R$ 833 milhões com um consórcio liderado pela Odebrecht,
também para obras de terraplenagem. Em 2010, o TCU descobriu um
superfaturamento de R$ 76 milhões no contrato.
Procurada, a Construtora
OAS não respondeu. A Odebrecht nega veementemente ter feito qualquer pagamento,
depósito ou aberto conta em nome de qualquer diretor ou ex-diretor da Petrobras
e seus familiares. A empresa afirma, por meio de nota, que há décadas mantém
contratos com a Petrobras, todos conquistados de acordo com a lei de licitações
públicas. De acordo com a Odebrecht, Rogério Araújo e Márcio Faria são alguns
dos executivos da empresa que se relacionam com diversas áreas da Petrobras
para tratar exclusivamente de assuntos profissionais. “Não existe e nunca
existiu negociação de contratos fora dos termos das licitações”, diz a nota. A
Odebrecht afirma estar inteiramente à disposição das autoridades para prestar
esclarecimentos sempre que for solicitada a fazê-lo.
Nem José Luiz Pires, do PKB Bank, nem Fernando Baiano foram localizados. João Vaccari Neto informou, por meio de nota da assessoria do PT, que foi convidado para uma reunião na sede da GFD no início deste ano pela secretária de Youssef. Ao chegar ao escritório, como o doleiro não estava, a reunião não foi realizada. “Por esse motivo, ele ficou apenas 5 minutos no prédio. Logo não houve nenhum contato com o referido senhor”, diz a nota. Segundo o partido, foi a única vez que Vaccari esteve no escritório da sede da empresa de Youssef ou foi convidado para reuniões com ele.
Nem José Luiz Pires, do PKB Bank, nem Fernando Baiano foram localizados. João Vaccari Neto informou, por meio de nota da assessoria do PT, que foi convidado para uma reunião na sede da GFD no início deste ano pela secretária de Youssef. Ao chegar ao escritório, como o doleiro não estava, a reunião não foi realizada. “Por esse motivo, ele ficou apenas 5 minutos no prédio. Logo não houve nenhum contato com o referido senhor”, diz a nota. Segundo o partido, foi a única vez que Vaccari esteve no escritório da sede da empresa de Youssef ou foi convidado para reuniões com ele.
“Peço ao povo Brasileiro que neste domingo 05 de
outubro de 2014 à partir da 08:00 Hs, tenha consciência de que o Brasil precisa
urgentemente mudar, não podemos continuar a aceitar o que vem ocorrendo neste
país desde de 2002, quando este partido que se instalou no poder e que por
motivos óbvios não querem sair, e que neste meio tempo andou fazendo
aparelhamento do Estado, ou seja colocando pessoas com o mesmo pensamento nos
principais lugares dos três poderes e das empresas Pública do Brasil, ou
seja tomando o poder em todos os três poderes, Justiça, legislativo e a própria
presidência do Brasil, então peço – lhe que não deixem isto continuar
acontecendo neste país, pois no dia em
que abrirmos os olhos e veremos quem realmente é este partido, ai poderá
ser tarde demais pois teremos um PAÍS CHAMADO CUBA instalado, e jamais
poderemos mudar, então mudemos agora o nosso país, antes que seja tarde demais.
”
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