O ano de
2012 se encerrou de forma absolutamente normal no Congresso Nacional. Em sua
última sessão, o Senado aprovou um trem da alegria para os três poderes, com a
criação de milhares de cargos numa só canetada. É normal porque a caneta era de
José Sarney, companheiro de Dilma Rousseff, uma aliança que, todos sabem, serve
ao Brasil de todos – todos os que fizeram as amizades certas. Se você está de
fora dessa, terá que cumprir em 2013 o destino trágico dos reles mortais, esses
infelizes que não têm uma Rosemary para chamar de sua – e que ainda fazem uma
coisa primária que os companheiros revolucionários não precisam mais fazer:
trabalhar.
Mas não se
desespere. A vida dos excluídos (do banquete petista) tem lá suas compensações.
É bem verdade que você nunca verá um filho seu ficar famoso da noite para o dia
por ter arranjado uma boquinha na Anac ou no Senado. Nunca lhe convidarão,
também, para uma reunião com José Dirceu para “reforçar o Marco Maia”. Enfim,
você não tem a menor importância na República do Oprimido, mas nem tudo são
espinhos: ninguém lhe pedirá para cantar “olê, olê, olê, olá, Lula, Lula” em
desagravo ao filho do Brasil – o que já é um vidão.
Para
consolar os excluídos, os que vivem miseravelmente sem acesso a uma única teta
do Estado brasileiro, uma ponderação: o Brasil se tornou um país previsível, de
rumo firme, o que torna possível antecipar o que vai acontecer em 2013. Isto
jamais seria possível antes do Descobrimento (em 2003) – portanto, não reclame
de barriga cheia.
Em março,
Dilma Rousseff convocará a primeira cadeia nacional de rádio e TV da série
2013. Fará um pronunciamento à nação pelo Dia Internacional da Mulher. Falará
com a voz embargada, sobre um fundo de violinos, e se a iluminação do estúdio
estiver correta, parecerá ter os olhos molhados. Encherá os brasileiros de
orgulho por serem governados por uma “presidenta” – palavra que seus assessores
saberão encaixar no discurso – e anunciará algum programa social novo, tipo
Brasil Caridoso, Brasil Sem Tristeza ou Brasil Fofo. Apresentará uma
estatística impressionante, encomendada ao Ipea e à FGV, mostrando que nos anos
Fernando Henrique lugar de mulher era na cozinha.
Em 2013 o
Brasil sofrerá novos apagões, provocados por raios neoliberais e elitistas. A
tarifa populista de energia será implantada, ajudando a sucatear as empresas do
setor, que por isso investirão menos ainda em manutenção – mas os blecautes não
terão nada a ver com isso. O ministro Edison Lobão explicará que nosso sistema
é um dos melhores do mundo, e que essa mania de ter luz o tempo todo é coisa de
burguesia consumista. Sarney ficará orgulhoso de seu afilhado – e pedirá a
Roseana, com jeito, que deixe Lobão governar um pouquinho o Maranhão (“Filha,
agora descansa e deixa o seu colega brincar também.”)
A inflação
em 2013 continuará subindo, e a aprovação a Dilma também. Explica-se o
paradoxo: a principal causa da subida dos preços será um novo aumento explosivo
dos gastos públicos, incluindo a distribuição de mais dinheiro de graça para a
população – através dos programas carinhosos, o Bolsa Tudo. É a chamada
“destruição invisível” da economia nacional, que em 2013 será caprichada,
porque em 2014 tem eleição. Os simpatizantes do governo popular ficarão felizes
com a farta distribuição de bolsas, cargos, convênios a granel para os
ministérios parasitários, e Dilma marchará tranqüila para a reeleição. Aécio
Neves assistirá a tudo escondido nas Alterosas e rezando que Eduardo Campos o
ultrapasse na corrida para não chegar.
Joaquim
Barbosa, o redentor, fará muitos comícios sociais na presidência do Supremo,
deixando pela primeira vez os brasileiros na dúvida: talvez exista outro ser
tão bonzinho quanto Lula da Silva. Barbosa evidentemente será mordido pela
mosca azul, mas o eleitor acabará ficando mesmo com o pacote Lula/Dilma, para
não arriscar a mesada (o mensalão popular).
Rosemary
não entregará seu chefe. Terá um ano sofrido, sem passaporte diplomático, mas
ficará firme. Afinal, Lula não sabia (Dona Marisa muito menos), e o amor sempre
vence.
Como se vê,
2013 já foi. Se quiser uma passagem direta para 2014, passe no caixa da
revolução, que o pessoal da Rose na Anac arranja para você. (*)
Digo mais, até quem fim o
Brasil resolveu acordar, isso não deve para, o povo Brasileiro tem que
continuar sendo a verdadeira OPOSIÇÃO a este desgoverno, não podemos deixar de
lado que devemos ter alternância de poder, não podemos aceitar que este partido
de poucos fiquem no poder por 30 anos, a sociedade não merece ter este partido
dos PTRALHAS, mandando e desmandando no poder, devemos entender que quem
realmente manda no BRASIL é o famoso Ex-Presidente LULA, o que nunca viu nada,
não sabe de nada, enfim, não podemos mais ficar calados, devemos continuar a
luta, devemos mandar os LOBOS do Congresso Nacional para casa, afinal eles
virarão profissionais da política, devemos mudar todo o Congresso Nacional,
devemos urgentemente mudar os 513 deputados federais
e também os 81 senadores, pois enquanto estes continuarem como profissionais da
política não teremos as verdadeiras mudanças que o Brasil e a sociedade almeja.
Campanha: #TIREM OS LOBOS DO CONGRESSO NACIONAL.
(*)
Fonte: (ÉPOCA – edição 763)
CONSCIÊNCIA POLÍTICA PM&BM
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