Nestes dias em que estive
afastado do Blog, estive internado, vi pela televisão um Grande Movimento que
uniu este país, mas espero que este movimento não pare que continue, e que
também tenham um meta que é a total mudança do Congresso Nacional, não podemos
querer que o país mude com esses mesmos políticos que ai se encontram, e que
agem profissionalmente, pois o que podemos notar é que eles virão profissionais
da política, não podemos aceitar que estes LOBOS
continuem no poder, devemos renovar completamente o Congresso, não podemos
esquecer que tudo o que está acontecendo no país, total falta de estrutura é
culpa desse mesmo políticos que se encontram no Congresso.
Creio que o povo realmente
acordou, que não pode simplesmente esperar que os LOBOS façam o que eles querem, devem continuar a lutar por um
Brasil melhor, para todos, não apenas para alguns.
Devemos mudar o Brasil, afinal
o Brasil é de todos.
Abaixo um texto de Antonio
Prata é Escritor.
A passeata
Tinha punk de moicano e
playboy de mocassim. Patricinha de olho azul e rasta de olho vermelho. Tinha
uns barbudos do PCO exigindo que se reestatize o que foi privatizado e
engomados a la Tea Party sonhando com a privatização de todo o resto. Tinha
quem realmente se estrepa com esses 20 centavos e neguinho que não rela a
barriga numa catraca de ônibus desde os tempos da CMTC. (Neguinho, no caso, era
eu). Tinha a esperança de que este seja um momento importante na história do
país e a suspeita de que talvez o gás da indignação, nas próximas semanas, vá
para o vinagre.
Sejamos francos,
companheiros: ninguém tá entendendo nada. Nem a imprensa nem os políticos nem
os manifestantes, muito menos este que vos escreve e vem, humilde ou
pretensiosamente, expor sua perplexidade e ignorância.
Anteontem, depois da
passeata, assisti ao "Roda Viva" com Nina Capello e Lucas Monteiro de
Oliveira, integrantes do Movimento Passe Livre. Ficou claro que, embora
inteligentes e bem articulados, eles tampouco compreendem onde é que foram
amarrar seus burros. "Vocês começaram com uma canoa e tão aí com uma arca
de Noé", observou o coronel José Vicente. Os dois insistiram que não, o
que há é um canoão, e as mais de 200 mil pessoas que saíram às ruas no Brasil,
segunda-feira, lutavam por transporte público mais barato e eficiente. A
posição dos ativistas de não se colocarem como os catalisadores de todas as
angústias nacionais e seguirem batendo na tecla do transporte só os enobrece
--mas estarão certos na percepção?
Duzentas mil pessoas de
esquerda, de direita, de Nike e de coturno por causa da tarifa?
"Por que você tá
aqui no protesto?", perguntou a repórter do "TV Folha" a uma
garota na manifestação do dia 11: "Olha, eu não consigo imaginar uma razão
para não estar aqui, na verdade", foi sua resposta. Corrupção, impunidade,
a PEC 37, o aumento dos homicídios, os gastos com os estádios para a Copa,
nosso IDH, a qualidade das escolas e hospitais públicos são todos excelentes
motivos para que se saia às ruas e se tente melhorar o país --mas já o eram
duas semanas atrás: por que não havia passeatas? Será porque a chegada do PT ao
poder anestesiou os movimentos sociais, dificultando a percepção de que o
Brasil vem melhorando, melhorando, melhorando e... continua péssimo? Ou será
porque agora o Facebook e o Twitter facilitam a comunicação?
Se as dúvidas sobre as
motivações --que brotam do solo minimamente sondável do presente-- já são
grandes, o que dizer sobre o futuro do movimento? Marchará ou murchará? Caso
cresça: conseguirá abaixar a tarifa? E, no longo prazo, terá alguma relevância?
Mais ainda: adianta ir às ruas, fazer barulho? Ou a própria passeata extingue o
impulso de revolta que a criou e voltamos todos para o mundinho idêntico de
todos os dias, com a sensação apaziguadora de que "fiz a minha
parte"?
Não tenho a menor ideia,
estou mais confuso que o Datena diante da enquete, mas num país
injusto como o nosso, em que a única certeza parecia ser a de que, aconteça o
que acontecer, o Sarney estará sempre no poder, as dúvidas dos últimos dias são
muitíssimo bem-vindas.
Consciência
Política PM&BM
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