O que escrevi há dias está
valendo mais do que nunca agora. Não adianta só reclamar: quem coloca os
deputados malandros na Câmara SOMOS NÓS!!! É preciso votar melhor e com mais
responsabilidade!
O RETRATO DA VERGONHA: depois de não ser cassado por seus pares, o
deputado Natan Donadon, ALGEMADO, é reconduzido para o camburão que o levaria
de volta à Penitenciária de Papuda. O que estarão pensando do Brasil no
exterior? (Foto: Pedro Ladeira / Folhapress)
Amigas e amigos do blog,
infelizmente o Brasil hoje está sendo motivo de chacota e de espanto no mundo
civilizado.
Tornamo-nos objeto de
escárnio merecido, por obra e graça de um determinado número de deputados que,
na quarta-feira, 28, votaram contra, se abstiveram ou desapareceram na
hora de cassar o deputado corrupto Natan Donadon, condenado a mais de 10 anos
de cadeia — pelo Supremo Tribunal Federal — por ladroagem e formação de
quadrilha.
Há um clamor nacional
contra os deputados responsáveis pela pouca vergonha — nas casas, no trabalho,
nas ruas, na imprensa.
E, no entanto, essa
gente foi colocada em Brasília por NÓS. Mais do que nunca, vale o post que
escrevi no começo do mês, e que repito agora. Não poderia haver ocasião mais
adequada.
Post
publicado originalmente a 8 de agosto de 2013, às 17h40
Salvem-se quem puder.
Sabem quem é o candidato
favorito a governador do Distrito Federal neste momento?
Sim, ele mesmo: José
Roberto Arruda — o primeiro governador na história do país a ir para a cadeia,
por corrupção, no curso do mandato, em 2010.
Que teve seu mandato de
governador cassado pela Justiça Eleitoral.
Que foi condenado a mais
de 5 anos de prisão, em regime semi - aberto, por roubalheira.
Que já em 2001
renunciara ao mandato de senador para não ser cassado pelos colegas por fraude
no painel de votação do Senado.
Então deixem - me
começar este comentário do começo.
Sempre que posso tenho
insistido, ao longo de minha já larga carreira na imprensa, que é um paradoxo —
para não dizer, também, uma manifestação de hipocrisia — a gritaria geral
contra os políticos, que, a cada eleição, fica pior.
Sem-vergonhas, ladrões,
safados, corruptos, imorais.
José Roberto Arruda:
cassado, condenado por corrupção, envolvido no escândalo do painel do Senado --
mas favorito nas eleições para o DF (Foto: O Globo)
Não há palavra feia que
não se aplique à generalidade dos políticos — de presidente da República ao
último dos vereadores. E, como ocorre com toda generalização, esta também é
eivada de injustiças.
Porque há,
SIM, políticos bons, decentes, trabalhadores, corretos, voltados para o
bem público.
Ninguém me contou e não
é história da Carochinha.
Como comecei a carreira
em Brasília, ainda com 18 anos incompletos, foca de uma agência de notícias que
não existe mais, convivi desde cedo com a atividade política, sem contar que
minha família, no Paraná, era fundamentalmente envolvida com a coisa.
Lembro-me de, pequeno,
junto com meu falecido irmão Arnaldo, termos o hábito de acompanhar, pela
janela do fórum da pequena cidade em que nos criamos, embora nascidos em São
Paulo, a apuração de eleição para prefeito, voto a voto em papel — nem cédula
oficial da Justiça Eleitoral existia, então.
Lembro-me de meu
Pai, admirador incondicional do Presidente Juscelino Kubitschek, com quem
havia trabalhado, mandando os filhos, na escola, apostarem com os amigos na
vitória do candidato de JK, marechal Henrique Lott, na eleição presidencial de
1960 — tal era o horror paterno diante do que para ele significava para o
Brasil o candidato favorito, Jânio Quadros (de quem foi contemporâneo na
Faculdade de Direito do Largo de São Francisco), como em poucos meses se
comprovaria.
Durante os anos em que
trabalhei como repórter em Brasília, testemunhei políticos sacrificando
brutalmente a vida pessoal por algo que caiu de moda mencionar, mas que
existe: o bem público. Depois, já instalado em definitivo em São
Paulo, continuei acompanhando profissionalmente a política e indo
constantemente a Brasília — em especial durante a Constituinte
(1987-1988). Por obrigação profissional, conheci, ao longo dos anos, vários
presidentes, dezenas de governadores e prefeitos de grandes cidades, senadores,
deputados, vereadores.
Claro que, em meio
deles, havia de tudo. Mas um percentual de gente séria e preocupada com o
Brasil que provavelmente deixaria surpreso os descrentes na política.
Hoje, parece que ninguém
presta. É, pelo menos, o que se ouve e vê nas ruas, nos protestos, nas
conversas, na imprensa.
Pode ser, sim, que o
nível dos políticos que temos haja piorado muito com o correr dos anos.
Atribuem ao dr. Ulysses Guimarães — um dos políticos que sempre honraram o
mandato e que exerceu o ofício até a morte sem uma mancha sequer em sua honra —
a afirmação de que, se o Congresso em exercício era tido como ruim, que
esperassem pelo próximo… pior ainda.
Comício no interior de
Pernambuco: queixas generalizadas contra os políticos fazem supor que alguém
mais os elegeu -- mas fomos nós, brasileiros (Foto: Jornal do Commercio).
Pode ser, repito.
Mas então chego à
pergunta que venho fazendo pela carreira profissional afora: QUEM ELEGE os
políticos que TODOS criticam?
Os neozelandeses? Os
habitantes de Papua-Nova Guiné? Os italianos? Os búlgaros?
NÃO! Somos nós,
brasileiros, os que ”colocam” onde estão os políticos que criticamos.
Hora de votar: sem
escolha consciente, o nível dos políticos não vai melhorar (Foto: www.brasil.gov.br)
É claro que não ajuda em
nada essa situação o fato de candidatos a presidente e a governador — cujo
tempo de TV praticamente monopoliza as atenções do público durante as campanhas
eleitorais –, JAMAIS explicarem ao povo, como seria de seu dever, a
importância do Congresso e das assembleias legislativas (sem contar
as câmaras municipais) para sua administração e para a própria
democracia.
O mesmo se pode dizer
dos currículos escolares, que não ensinam NADA sobre como é, como funciona,
para que serve e como é importante o Poder que representa o povo (daí a
“democracia representativa” como forma de governo), de forma que, mesmo nas
melhores escolas privadas, crianças e jovens atravessam séries sem ter a menor
ideia do que são e para que servem o Congresso, as assembleias e as câmaras de
vereadores.
Nada, contudo, muda o
fato simples de que somos nós, brasileiros, que — com as exceções que confirmam
a regra — votamos PESSIMAMENTE, em especial para o Senado e a Câmara dos
Deputados, não prestando a mínima atenção nos currículos e folhas corridas dos
candidatos.
Mas, quando um
político com a folha corrida do ex-governador José Roberto Arruda ameaça voltar
pelo voto popular para o cargo de GOVERNADOR, não se pode mencionar
desconhecimento por parte do eleitorado.
O problema, aí, será
muito, mas muito mais grave. Terá a ver com o nosso CARÁTER.(*)
Então devemos saber escolher, pois os que ai se encontram no poder, já não são políticos, transformaram - se em profissionais da política, ou seja politiqueiro, povo seja vocês a verdadeira oposição a este Governo que quer ficar no poder eternamente, ninguém merece ter LULA para o resto da vida como um deus que não sabia de nada, que foi o ultimo a saber, não se deixe enganar novamente com o mesmo discurso de outrora, tem consciência política, não se deixem levar por um partido que não é mais dos trabalhadores, CONTINUE ACORDADO BRASIL!
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N42737
CONSCIÊNCIA
POLÍTICA PM&BM
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