Antes de qualquer coisa quero
fazer um desabafo:
O que
queremos?
“Pão e circo. Educação
não. Educação é prejudicial. Educar o povo é abrir seus olhos para a podridão
que já causa vômitos nos que a compreendem, mas é minoria. Uma minoria esmagada
por um exército de iletrados que continuam sorrindo com um pão sujo na mão, um
circo armado e nenhuma visão”. (Christian Gurtner).
No Império Romano, uma
das formas de desviar a atenção da população dos problemas causados pelo
Estado, era a política do pão e circo (panis et circenses).
Num país novo como o
Brasil, farto em recursos naturais e climáticos, mas duramente vilipendiado por
políticos e administradores inescrupulosos e corruptos, principalmente por
aqueles que passaram anos na oposição pregando a ética e a honestidade,
pousando de paladinos da moralidade e, quando chegaram ao poder, em vez de
colocar em prática os seus princípios, preferiram o fisiologismo, a destruição
da educação e cultura, a alienação do povo, em nome da pseudo erradicação da
pobreza com programas assistencialistas baratos, que mais beneficiaram políticos
e seus familiares desonestos do que a população pobre e principalmente
miserável.
Na vida, só não é
possível remediar atitudes e fatos extremos e derradeiros, mas contra o
fisiologismo e a corrupção sim. A famigerada corrupção, oriunda desde o descobrimento
do país, e institucionalizada nos últimos anos de forma agressiva, praticamente
uma metástase, em todos os poderes Executivo, Legislativo e mais
lamentavelmente no Judiciário, que abandonaram os seus papéis constitucionais,
pois atualmente são plenamente dependentes e harmônicos entre si na preservação
e impunidade da corrupção disseminada. Ressalte-se, que bravamente, ainda
existe uma minoria disposta a combatê-la e que alimenta a esperança de pelo
menos incomodar e desonrar os corruptos.
A desesperança no
combate da corrupção, principalmente com a conivência do Poder Judiciário e a
omissão da imprensa, preocupada exclusivamente com verbas de publicidade, no
lucro, divorciando-se do seu papel maior, de divulgar e informar livremente e
sem censura os fatos, transformou a grande maioria da população brasileira em
partícipes na tolerância da corrupção, deixando-se destruir pela falta de
elementos essências a sobrevivência como a alimentação, saúde, educação,
segurança, cultura…
É preciso dar um basta!
Já passou o tempo. Essas transformações não virão de cima para baixo. Os
corruptos em todas as escalas, não querem a mudança. Portanto, terá que partir
de baixo para cima.
Outrora,
lamentavelmente, não nos importávamos com esses problemas e suas conseqüências
porque eram periféricos, mas agora estão na nossa porta e, com a reincidente
omissão não serão resolvidos, mas aumentados e ficarão num futuro muito próximo
descontrolados.
A criação dum
dispositivo legal, enquadrando a corrupção na categoria dos crimes hediondos,
com a sua aplicação eficaz e independente, talvez seja o início da mudança da
vontade popular, livre e soberana.
Também não podemos
poupar dos agravantes, os agentes públicos e privados que deveriam pelo
conhecimento de ofício, em razão do seu grau e profissão, evitá-la e
combatê-la.
O que queremos? Ficarmos
passivos, perdermos a esperança em nós mesmos e no legado que podemos deixar
para a população mais sofrida, nossos filhos e netos ou impávidos começarmos a
combater?
A filósofa
russo-americana Ayn Rand (fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados
Unidos na metade da década de 1920), já preconizava uma visão vivida: “Quando
você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não
produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com
bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e
por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles,
mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que
a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício;
então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.
É isso que queremos?
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N42737
CONSCIÊNCIA
POLÍTICA PM&BM
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