A arte de conquistar, dominar e manter o poder público, para
alcançar o bem comum; mas é isso mesmo que está acontecendo?
Você já parou pra pensar nas maiores moedas de troca dos
políticos? Não é muito difícil concluir que a troca de favores ou pequenas
coisas ganha uma eleição. Ainda mais as municipais. Agora imagine se o poder
público trabalhasse muito bem e as pessoas não precisassem mais desses favores.
Como os políticos iriam comprar votos?
O que posso
lhe dizer e que dia após dia, o Brasil tem lido, ouvido, visto e assistido
denúncias pela ausência de seriedade, honestidade e probidade nas
administrações públicas, principalmente entre os políticos que muitos não
enxergam que são politiqueiros (LOBOS), que transformaram em profissão.
Segundo
dados do próprio Ministério Público, divulgados pela Rede Globo, apesar de esta
ser uma empresa que gera muitas duvidas no povo brasileiro, ela divulgou que existem
atualmente cerca de 3.500 casos de improbidade administrativa em todo o país; e
o mais grave, 2.400 prefeitos e ex-prefeitos municipais estão sendo
investigados.
Diante disso
pergunto por que o povo Brasileiro continua votando nos mesmos lobos que
devoram o Brasil a muitos anos, por isso decidi lançar um alerta -
especificamente para os nossos leitores deste humilde blog.
Devemos repensar,
reavaliar, reciclar o conteúdo e a forma da política brasileira; de como
praticar e aplicar a política no dia-a-dia de nossa vida e em cada município,
de cada comunidade.
Para isso,
independentemente de estar em contra ponto - ou ponto a ponto, convidamos o
povo brasileiro para um debate sobre este tema.
Tomara que a
sua leitura seja proveitosa, que ela gere um pouco mais de atenção para o que
envolve o tema política no Brasil, e que principalmente os políticos que insistem
em fazer politicagem tenham respeito pelo povo.
O povo tem
que mudar tudo o que está errado, principalmente no Congresso Nacional, pois as
eleições estão batendo na nossa porta novamente, e os politiqueiros sabem disso
(2014).
Você sabe o qual é o verdadeiro objetivo da política?
Em pauta: a
política. O conceito em si é polêmico. Não poderia ser diferente: a política
expressa os diversos interesses em conflito na sociedade.
O
"árbitro" deste jogo é _ ou deveria ser _ o povo (essa entidade
abstrata que significa tudo e nada).
A política
se nutre da polêmica: os vários interesses econômicos, sociais, etc., se
manifestam através da disputa de idéias e propostas em permanente colisão e
negociação. Já Aristóteles, em sua obra Política, afirmou que "o fim da
política não é viver, mas viver bem".
A idéia que
temos hoje de que a política é a luta constante pelo bem comum, pela justiça, o
bom governo, etc., remonta à tradição aristotélica, à filosofia política de
Platão e ao pensamento cristão medieval.
Observamos,
por exemplo, que estas idéias fundamentam a ação pastoral da Igreja em diversos
setores. Em teoria, esta maneira de conceber a política é prescritiva, isto é,
indica o ideal (como deveria ser bom governo, uma sociedade justa e
igualitária, etc.).
Esta é uma
bela idéia que alicerça a ação de milhares de pessoas por este Brasil afora.
Militam em movimentos sociais, associações, sindicatos, partidos e pastorais.
Estas pessoas constroem uma utopia, dedicam sua vida à construção de um ideal
traduzido na busca incessante do bem-comum. Como vemos, nem tudo cheira a
podridão no reino da política.
Devemos
reconhecer que, concordemos ou não com suas ações, idéias e propostas, ainda
existem os idealistas, os que consagram boa parte do seu precioso tempo (pois
que na vida, o que passou, passou!) à coletividade.
A política se nutre da polêmica, através da disputa de idéias e
propostas em permanente colisão e negociação
É verdade
que muitos são animados por necessidades prementes e bem concretas (como por
exemplo, comer, morar, trabalhar na terra, etc.). Mas também é verdade que
sonham um sonho: o sonho de uma sociedade onde as mazelas sociais, presentes em
nosso cotidiano e que ferem as nossas mentes e corações, sejam superadas.
Pois que, em
meio à insensibilidade de nossos governantes e da elite brasileira diante das
questões sociais, ainda há pessoas que se sensibilizam com o olhar
desesperançado do trabalhador consternado ante a falta de perspectivas. Se
pensarmos que só na grande São Paulo, os números frios, como em geral é a
ciência exata, indicam que há mais de um milhão e meio de desempregados,
podemos imaginar o alcance deste problema social.
Estes
idealistas são os que ainda se sensibilizam diante do olhar de uma criança num
acampamento de trabalhadores sem-terra, ou numa rua qualquer do espaço urbano,
pedinte ou em grupo cheirando cola ou utilizando drogas, com suas energias
vitais esvaindo-se, num cortejo fúnebre à morte antecipada.
Deixemos as chagas que a nossa sociedade alimenta momentaneamente de lado.
Deixemos as chagas que a nossa sociedade alimenta momentaneamente de lado.
Afinal, esse
quadro sombrio, que teimamos em perpetuar, é para muitos, natural, sem qualquer
relação com a política. Voltemos ao idealismo dos que buscam o bem-comum em,
sua práxis política. Embora sejam imprescindíveis, estes homens e mulheres
padecem de uma teoria ingênua sobre a política.
Se a
política é, como afirmamos, essencialmente a oposição e luta entre interesses
diferenciados e antagônicos, então, a idéia de política como a busca incessante
do bem-comum é um projeto irrealizável nos marcos da própria existência da
política. Como nos ensinou o florentino renascentista Maquiavel, política, é
sobretudo a arte de conquistar, dominar e manter o poder político.
Pensar na superação dos interesses econômicos particularistas, individualistas e egoístas, ou seja, na predominância do coletivo sobre a lógica que anima nossa sociedade significa, em última instância, imaginar a utopia da não-política, em outra palavras, a sociedade onde a política e o Estado não sejam mais necessários.
Pensar na superação dos interesses econômicos particularistas, individualistas e egoístas, ou seja, na predominância do coletivo sobre a lógica que anima nossa sociedade significa, em última instância, imaginar a utopia da não-política, em outra palavras, a sociedade onde a política e o Estado não sejam mais necessários.
Enquanto a
política se fizer necessária, seus fins serão tantos quanto os objetivos que os
grupos econômicos e políticos se coloquem. E isso, de acordo com a época histórica
e as circunstâncias nas quais os sujeitos políticos representativos destes
interesses atuam. A política não tem fins estáticos e perpetuamente definidos.
Nessa
concepção, o bem comum, a justiça, o bom governo, etc., são meios ideológicos,
ou pura retórica de que se servem tanto os idealistas quanto os grupos
econômica e politicamente dominantes em nossa sociedade que, permanentemente,
procuram nos fazer acreditar que seus interesses específicos são nossos
interesses. Vivenciamos isto através da ilusão do Estado enquanto guardião dos
interesses comuns, como se este fosse neutro no jogo político entre as classes
e grupos sociais.
Como nos ensinou Maquiavel, política é sobretudo
a arte de conquistar, dominar e manter o poder político
a arte de conquistar, dominar e manter o poder político
Desmistificar
a ilusão democrática da política e do Estado como agentes do bem comum,
parece-nos um bom começo. Polêmico, é verdade. Mas que seria da política se não
pudéssemos polemizar! Suprimir o pensamento divergente foi _ e ainda é _ o
sonho dos ditadores de ontem e dos que estão por aí, de plantão, disfarçados
sob as máscaras de democratas de última hora
Subprefeituras
e Administrações Regionais.
Em todos os
municípios, por serem eles o ente público mais próximo do cidadão, o governo
deve priorizar o contato com a população e o pronto atendimento às suas
demandas.
Não que em
outras esferas de poder não se deva agir da mesma forma, mas no âmbito
municipal essa tem que ser a característica principal.
É essencial
que um prefeito tenha conhecimento de tudo aquilo que se passa pela cabeça da
população, para poder tomar suas decisões de ações e investimentos com maior
coerência. É o perfeito equilíbrio entre uma profunda análise técnica da
situação e as demandas populares que produz o diagnóstico preciso para que uma
administração pública norteie corretamente a sua atuação e seja bem sucedida.
Assim, o
prefeito vai resolvendo os problemas que afligem a população e pressionando o
governo do estado aonde a resolução não está a seu alcance ou não é de sua
competência. Tendo um estado inteiro para cuidar, o governador fica informado
sobre tudo àquilo que acontece em cada uma das cidades, por meio dessa legítima
pressão. Tem assim, melhores condições de decidir as suas prioridades. E assim
por diante até o Presidente da República. É sábia a afirmação: "Todo poder
emana do povo e em seu nome deve ser exercido."
Nas pequenas
e médias cidades, mesmo que por algum motivo se queira evitar, o contato do
prefeito com a população se dá no dia a dia e assim ele vai assimilando grande
parte da informação necessária às tomadas de decisão. Em cidades grandes como é
o caso do Rio de Janeiro ou de São Paulo, descentralizar se faz necessário,
pela impossibilidade da presença do prefeito em todo o município com razoável
freqüência.
É importante
que o território seja dividido, e membros da equipe de governo, sejam eles
chamados de administradores regionais ou de subprefeitos, fiquem responsáveis
por cada uma das regiões. É fundamental que fiquem diariamente fiscalizando,
orientando, observando e verificando os problemas da região, além de estar
ouvindo o que a população tem a dizer.
A partir daí
vai, através da coordenação dos órgãos regionais, resolvendo os problemas
menores e através do contato com o secretariado municipal os problemas maiores.
Além disso,
passa para o prefeito demandas que não estão com a resolução ao seu alcance, e
o mantém munido de toda a informação que só alguém que vive a realidade
regional pode ter.
Assim, sem ficar sobrecarregado, o prefeito fica sabendo de tudo o que se passa em cada área da cidade.
Assim, sem ficar sobrecarregado, o prefeito fica sabendo de tudo o que se passa em cada área da cidade.
O papel do
subprefeito ou administrador regional, porém, só é plenamente cumprido enquanto
o ocupante do cargo tem acesso direto e diário ao chefe do executivo municipal
e for da sua mais estrita confiança. Quando se deixa de nomear pessoas
fortemente ligadas ao prefeito para esses cargos, que sem sombra de dúvida têm
um destaque político grande, e se começa a utilizá-los como forma de conseguir
maioria no legislativo através de barganha política de baixo nível, dois
desdobramentos podem se dar, com o conseqüente distancia- mento entre o poder
local e o central.
O primeiro,
como está se apurando em São Paulo, aonde os administradores têm o poder legal
de conceder licenças e autorizações - As administrações regionais viram alvo
fácil para a corrupção.
O segundo,
como está ocorrendo aqui na cidade do Rio de Janeiro, aonde os subprefeitos
apenas coordenam os órgãos regionais e têm em sua ligação com o prefeito a
principal fonte do seu poder, é agravado pela proliferação do número de
subprefeitos para se conseguir atender a mais vereadores. As subprefeituras
sofrem o esvaziamento do poder delegado, cessa o fluxo permanente de
informações ao prefeito, e se perde o próprio sentido da existência delas que é
o atendimento e a resolução das demandas populares. Sem poder, simplesmente já
não resolvem mais nada.
Nos dois casos quem perde é a população.
Nos dois casos quem perde é a população.
Aqueles que analisam a opinião pública há muito tempo afirmam
que o cidadão comum é incapaz de relatar de maneira consistente até os fatos
mais elementares a respeito da política atual; que o mínimo que uma pessoa
comum sabe é retirado estritamente daquilo que é divulgado pela mídia, sem
nenhuma reflexão crítica; e que a conseqüência disso é uma política que está
mal preparada para a governança democrática. E, mesmo assim, os movimentos
sociais surgidos na cena política norte americana ao longo da história são
compostos de uma grande quantidade de cidadãos comuns. Como é possível que
tantas pessoas se tornem ativas em movimentos sociais se elas estão tão
desinteressadas e mal informadas a respeito das questões políticas?
O estudo de William Gamson apresentado neste livro trata de
responder essa questão e apresenta uma análise de conversações realizadas em
pequenos grupos de trabalhadores a respeito de quatro questões controversas:
(a) a ação afirmativa; (b) a energia nuclear; © o conflito árabe-israelense e
(d) os problemas enfrentados pela indústria norteamericana.
Além disso, analisa como essas questões foram tratadas em um
conjunto de discursos midiáticos que vão desde colunas editoriais de opinião
até charges políticas e noticiários televisivos, a fim de determinar se as
discussões em grupo se restringem ou não a reproduzir o discurso midiático.
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2013N42737
Consciência Política PM&BM
(Adaptação do texto de Luiz Antonio Guaraná)
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