A INSUBMISSAO PARA A MUDANÇA URGENTE E NECESSÁRIA

Tudo que é preciso para o triunfo do mal é que as pessoas de bem nada façam (Edmund Burke)

Não se concebe no ambiente que nos circunda a aceitação das situações como as estabelecidas, prontas, perfeitas e acabadas, e o povo tem demonstrado nos movimentos populares deste ano. A política impõe mudanças, experimentos, alternância, novidades. Até mesmo para que não vivamos ao sabor da mesmice, da pasmaceira e do atraso contumaz.

Temos efetivamente que inserir novos ânimos à política local e nacional. Não me refiro tão somente ao surgimento de nomes diferentes, mas o engajamento a um novo projeto político-administrativo, o envolvimento com a elaboração de uma nova linha de trabalho a ser seguida em diversas áreas como saúde, educação, segurança e planejamento. Aludo a uma mobilização tendo por escopo precípuo a busca de um líder, ou de um nome político e popularmente forte que se preocupa, acima de tudo, com as fraquezas do nosso pobre Estado já agora pulverizado de empréstimos, fragilizado economicamente, enfraquecido financeiramente e prostrado administrativamente.

Os políticos longevos estão contaminados pelo vício resultante da própria prática, pela repetição, pela aridez de idéias, pela comodidade, pelo desestimulo, pelo personalismo. Urge a assunção das novas idéias, de novos métodos, de criatividade para possibilitar a transformação e melhoria da atividade social.

Torna-se premente o banimento da política dos projetos pessoais, dos interesses particulares de agrupamentos e de bandeiras já carcomidas pelos usos e costumes por demais conhecidos tanto pelas formas como por seus métodos em latitude e longitude, em conteúdo e objetivos.

Faz-se necessário observar aquele que se apresenta como alternativa de mudança contra a velha política, para apostar na esperança e dela não desistir ou transigir a fim de que possamos urgentemente, rever os conceitos de gestão e as prioridades políticas afinal, as políticas públicas devem estar a serviço dos interesses públicos.

A esperança deve germinar para a frutificação de um novo tempo mediante a força do poder político popular, e como conseqüência, refundar a política institucional e reinventar a maneira de fazer política em nosso País a partir dos movimentos sociais, novos sujeitos precursores da transformação institucional, processo em que se considere o humano, o plural, o democrático e o participativo como princípios e a luta contra a longeva hegemonia dominante mais do que justa, urgente e necessária!

Precisamos erradicar o governante solitário, hermético e imperial para resgatar a participação popular no gerenciamento da coisa pública, restaurar o engajamento da sociedade, firmar o compromisso com a ética, com o envolvimento dos segmentos representativos da sociedade, com a democratização da gestão pública, com o respeito ao funcionalismo público, para enfim podermos palmilhar um caminho firme e seguro para o desenvolvimento emparceirado com as justas e transparentes aspirações do nosso povo e da nossa brava gente.

Nós não podemos ter um comportamento passivo e leniente precisamos participar ativamente, protagonizar esse processo na busca desse ideal que se faz descortinar numa oportunidade singular. Abdicar desse precioso instante, eximir-se do combate, seria renunciar ao nosso futuro e daqueles que legarão as conseqüências do retrocesso e do atraso. Temos a causa e a motivação para a rebeldia, temos, portanto que exercê-la. (*)

O Brasil tem que mudar, a começar principalmente com os políticos que se encontram a mais de 50 anos no poder, que hoje não são mais políticos, são profissionais da política, muitos já viraram politiqueiros, não podemos continuar errando neste sentido, devemos revolucionar o Congresso Nacional, com a total mudança e eleitos. Não podemos continuar a ser tratados como babacas por muitos que lá se encontram.

O que devemos hoje é não ter medo de ter um Brasil melhor, e para isso devemos ter alternância de poder, não podemos e não devemos aceitar que um partido queira ficar 30 anos no poder, já vimos e estamos sentindo que este NOVO CAMINHO não está nos levando de jeito nenhum a um novo caminho, estamos seguindo no mesmo caminho a muitos anos, é só você parar de ser partidário e olhar com um olhar verdadeiro, e verá que são as mesmas políticas de outrora, só mudaram os nomes.

O povo tem que aprender a votar, não adianta votar no corrupto, ladrão e condenado, e depois simplesmente querer cobrar do cidadão que ele seja honesto, não devemos persistir no erro, esqueçam estes que estão a meio século no poder, não repitam o mesmo erro, pois como diriam: “ERRAR É HUMANO, PERSISTIR NO ERRO É BURRICE”.

Não acreditem muito na mídia, pois ela tem demonstrado sua total parcialidade e comprometimento com quem está no poder, pois sabemos e vemos que sem o governo eles não vivem, é preciso olhar com atenção o que a mídia vive dizendo, mesmo sabendo que o governo está errado o que se tem notado é que ela só mostra o que o país tem de melhor, escondendo a verdade do Brasil e do mundo.

Esta chegando a hora da participação do povo, novamente nas urnas, e lhe pergunto: Você está satisfeito realmente com este governo que ai se encontra a mais de 10 anos? Eu não!

O que podemos notar com clareza é que estamos perdendo as identidades coletivas e o conceito de cidadania. A revitalização da democracia pode ser parte da solução na reconstrução democrática nos quais o engajamento do povo desempenha papel vital para esta mudança.

O que vemos é que o povo está insatisfeito com o modelo atual.

O povo demonstrou que existe uma insatisfação generalizada não apenas com os governos que estão no poder, há muitos anos, mas com o modelo de governança, que já está ultrapassado.

O povo está sentindo que não elege, mas que é induzido e, estão vendo que quando os eleitos são empossados do poder, fazem coisas que não são relevantes para o povo.

Os cidadãos estão aprendendo que não têm o poder e nem a opção de participar da organização que legitimamente elegeram e fazem parte.

Não sabem que rumo tomar. Mais a maioria sabe o que quer, e o que queremos é um País Transparente, Participativo e Colaborativo:

GOVERNO TRANSPARENTE: prestando contas e dando informações aos cidadãos sobre o que o Governo está fazendo. As informações e conhecimento criados e mantidos no Governo é um patrimônio do povo. Devem ser disponibilizados de forma rápida, fácil de achar e compreensível pelos cidadãos.

GOVERNO PARTICIPATIVO: tornando o Governo efetivo e melhorando a qualidade de suas decisões.

 

GOVERNO COLABORATIVO: engajando e motivando o povo na elaboração e execução da administração Pública.

 

O Brasil cansou de esperar! O Brasil cansou de ficar deitado em berço esplêndido... “Abriu-se em mim um susto: porque passarinho que se debruça: o vôo Já está pronto.” (G. rosa) O Brasil está pronto para o salto!

 

“É no junto que sabe bem, Que a gente aprende melhor.”

 

(*) Texto de Carlos Aquino

 

Consciência Política PM&BM