domingo, 8 de julho de 2012

Militarismo, teatro, faz de conta, evolução




Relembrando os últimos acontecimentos, veio-me a mente como o militarismo é um grande teatro. Existem muitas coisas sem sentido nesse mundo de faz de conta. Coisas que você pergunta: Pra quê isso? Eu não consigo encontrar explicação, por mais que eu tente.




Eu não consigo entender, não entra na minha cabeça, a lógica em retirar cerca de uma centena de policiais de suas atividades operacionais e administrativas para fazer teatro e coro. Eu não entendo porque, quando um militar sai de uma seção do quartel, é preciso que ele faça continência, peça permissão para retirar, desfaça a continência, dê meia-volta e rompa marcha. Não bastaria um educado “com licença, superior”. Eu não entendo esse sistema de castas, de segregação. Círculo tal, círculo tal, círculo fulano de tal. Para mim, todo mundo é igual. Na sociedade e na natureza, as separações e as aglutinações ocorrem de maneira natural. Não é preciso lei nem regulamento para isso. E não entendo muitas outras banalidades que em nada contribuem para uma melhor prestação de serviço à comunidade.



É importante deixar claro que não sou contrário à hierarquia e à disciplina, mesmo porque elas existem em todas as organizações. Só penso que tudo tem que evoluir. O militarismo nas Polícias, atualmente, virou um grande teatro, um mundo de faz de conta. Está obsoleto, desnecessário para profissionais que lidam com a comunidade, e não com inimigos que devam ser eliminados.



Se, nos cursos de formação, trocarem as aulas de ordem unida por aulas de técnica policial, a instituição e a sociedade irão ganhar, com certeza. Ordem unida é teatro!



O militarismo, no meu entender, é uma forma de levar o profissional a somente dizer “sim, senhor”. No entanto, muitas vezes é imperioso que o policial diga “não, senhor, não temos efetivo para cumprir essa operação”; “não, senhor, não temos equipamentos para cumprir a determinação”; “não, senhor, tenho que fazer bico para cumprir a minhas obrigações com minha família, porque o Estado paga o pior salário para nós, que somos tratados como escravos.”; “não, senhor,eu hoje tenho consciência dos meus direitos”;  “não, senhor, a culpa não é minha, a culpa é de uma total falta de estrutura”..



Se a natureza evolui, as organizações também têm que evoluir. Pense nisso!


Por: José Ricardo

Consciência Política PM&BM

Vamos Debater?

3 comentários:

  1. Militarismo retrógrado! Aqui no DST do 21 BPM ficamos quase um dia SEM VIATURA E SEM PM só pra fazer coreográfia e volume em uma passagem de comando, onde o comandante nem seguer olha na cara do praça.. ao não ser é claro."aquele tá com a farda sem vinco" comunicar-lo-ei... "aquele ta com a vp do Dst que anda no minimo 20h do dia em estrada de chão cheia de poeira" comunicar-lo-ei... ...KKK PMMG... além disso o cmt do Dst liga pro praça que ta de folga e diz "aqui... é o seguinte, nos que estamos de serviço (2pms) vamo ter que ir na passagem de comando, ..mais de 100km só ida e não tem ninguem (nenhum pm) na cidade, então fica ligado ai pq só tá vc... qual quer coisa me liga" kkkk. eu sozinho, sem vp, sem vp na cidade vizinha tbem kkk e se acontece alguma coisa ainda corro é o risco de levar uma comunicação...e se reclamar ou apenas dar uma opinião ai é comunicação 100% CERTA. E TUDO ISSO PRA FAZER UMA ORDEM UNIDA "VV". Um aabraço amigo.

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  2. Olá, companheiro, gostaria que você enviasse essa postagem para os comandos principalmente aqui em Pernambuco. Sou de total acordo com o que li. Se eu mandar repassar, posso ser mal interpretado, e aí você sabe o que pode acontecer comigo... Temos que fazer alguma coisa pra mudar essa situação no meio policial em todo o Brasil. Isso é um desserviço junto a essa sociedade que só sabe cobrar, mas não sabe o que passamos nos quartéis. Um forte abraço.

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  3. O Militarismo dentro da policia é arcaico, tem que acabar para funcionar o serviço policial e melhor servir a sociedade.

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