“A Lei do Estelionato Eleitoral só surgirá a partir de uma
iniciativa popular tal qual a Lei da Compra de Votos nos anos 1990 e, mais
recentemente, a chamada Lei da Ficha Limpa. A prática de estelionato eleitoral (*) sendo crime tornaria a campanha
eleitoral mais limpa e diminuiria o peso da propaganda (enganosa)”
Ela se encontra engavetada numa gaveta especial do Congresso,
assim como todas as leis que Beneficie o POVO, a lei é: Projeto de
Lei 594 que propõe punir até com a cassação aquele que prometer e não cumprir,
imagina quando ela saíra da Gaveta?
As eleições municipais de 2012 terminaram e já divulgados os resultados
finais, majoritária e proporcional, depois do primeiro e segundo turnos, com
vencedores satisfeitos e derrotados conformados. Muitas promessas ditas e não
sabemos se serão cumpridas. O nosso ideal não pode apagar a luz de esperança,
mas não queremos que o povo seja o grande perdedor, que vive na fome, na
miséria e na ignorância.
O período de propaganda no rádio e na televisão, quando se busca a
verdade de “propostas apresentadas”, numa análise acurada, sem o sectarismo
partidário ou as recompensas de ordem pessoal, a nosso sentir, não são
alentadoras.
Os nossos tímpanos se untaram de um óleo especial para ouvir as
baboseiras de candidatos despreparados no horário da propaganda eleitoral
gratuita no rádio e na televisão. Na verdade, vemos e ouvimos, acreditamos se
quisermos nas palavras enganadoras de determinados candidatos que não têm a menor
noção do que sejam os pilares do regime democrático tampouco o mínimo de
respeito para com o povo. E maus coordenadores de campanha que não sabem
exercer o seu fiel papel de organizador de campanha política. Coordenaram o
deboche na mídia social, como se isso fosse o fator imprescindível para
conquistar o voto, ledo engano!
Esqueceram-se de pontuar questões sociais de cunho propositivo e
passaram para a revanche pessoal. Criaram tanta ilusão que terminaram
acreditando nas suas monstruosas criações. Em muitos casos, o monstro
revoltou-se contra o seu criador. Pareciam saber tudo e não sabiam nada! E,
justamente, os cidadãos são os construtores do ideal democrático, muitos deles
são levados ao matadouro como uma fera bravia, quando o abate se dá depois do resultado
das urnas.
Organizar uma campanha eleitoral é como abrir uma empresa que tem como
meta a liderança de um setor. Mas em tempo recorde e sem direito a falhas. Sim,
é como fundar uma empresa que começa do nada e tem que funcionar em poucas
semanas, se não perfeitamente, ao menos muito melhor que as suas concorrentes.
Essa tarefa inclui desde contratar um grande time que nunca trabalhou junto até
estabelecer hierarquias, estruturas, fluxos, padrões, estratégia, táticas etc.
E depois de tudo alcançado, mesmo que seja a campeã, esta empresa de sucesso
está fadada ao mesmo fim das empresas fracassadas: fechar suas portas.
No jargão do jornalismo político “estelionato eleitoral” é quando um
político promete muito e não cumpre nada do que se dispôs a fazer quando chega
ao poder. Cada candidato é obrigado a apresentar por ocasião do registro da
candidatura o plano de governo. Muitos fazem um emaranhando de tópicos
genéricos apenas para não correrem riscos de cancelamento do registro por falta
de cumprimento de uma exigência legal. A partir dessa exigência, poderíamos ter
na lei uma punição bem severa para o estelionato eleitoral. A Lei do
Estelionato Eleitoral só surgirá a partir de uma iniciativa popular tal qual a
Lei da Compra de Votos nos anos 1990 e, mais recentemente, a chamada Lei da
Ficha Limpa. A prática de estelionato eleitoral sendo crime tornaria a campanha
eleitoral mais limpa e diminuiria o peso da propaganda (enganosa) nos palanques
eletrônicos ou não.
Uma péssima coordenação leva ao caminho da derrota. O maior erro de uma
coordenação de campanha é criar o excesso de confiança. A vitória de uma
campanha eleitoral exige trabalho até o último minuto. Estupidez, ignorância,
arrogância, queixo empinado, falta de consideração, confiança somente no dinheiro
e no poder que exerce são fatores que denigrem a dignidade de muitos eleitores
honestos. Este número de eleitores honestos pesa no resultado final, que se dá
pela maioria.
Passamos por um daqueles momentos em que muito havia que se ouvir, pois
muitos queriam falar, mas pouco ou nada havia a dizer, porque muitos queriam
ver o que eles iam dizer.
A cada dia vemos algumas classes da nossa sociedade perdendo crédito,
respeito e com moral cada vez mais baixa. No meio da plantação parece existir
mais joio do que trigo. Alguém pode dizer: “Mas, você está julgando!” Não é
questão de julgamento, é apenas não ser cego e ver o que estão fazendo, ou
melhor, deixando de fazer.
A cada dia o uso da palavra se torna sempre mais rebuscado e requintado
por indivíduos que aprendem a manipular seus ouvintes. Porém, a habilidade que
têm em falar, não é a mesma que têm para viver o que dizem acreditar.
No horário da propaganda eleitoral, por exemplo, é de arrancar risos,
para não dizer lágrimas ao ver e ouvir os velhos jargões “eu fiz”, “eu farei”,
“vou lutar por vocês”, “pela educação, saúde e segurança”, “mais empregos para
os jovens”, e por aí vai, a lista é interminável.
Para ser franco, tudo não passava de balela. Discurso pronto, bem
pontuado, bem ensaiado, uma produção neuro linguisticamente calculada.
O resultado de verdade é bem conhecido: mensalão, maleta de dólar, cueca
recheada de dinheiro, reuniões clandestinas em sofisticadas coberturas,
empresas fictícias, talão de notas frias, ambulância que vale mais que ônibus
etc. São apenas palavras belas, bem pronunciadas, mas pouco vividas. Há muito
tempo, a incoerência entre o discurso e a prática era patente de político. Na
Grécia antiga chamavam-se de sofistas. Estavam fora desse grupo os homens e
mulheres que sempre foram conhecidos como pessoas de Deus, ou que usavam
racionalmente a inteligência humana.
Infelizmente, essa distinção já está se tornando muito difícil de fazer.
Muitos que dizem pregar amor, compaixão, perdão, humildade, servir ao próximo e
batem no peito dizendo fazer como Cristo ensinou estão longe de saber o que é
ser imitador do Mestre da Vida. Jesus jamais compactuou com qualquer atitude em
que um homem tentasse sobrepor-se ao outro quer pela lei quer pela força.
Ele ensinou e viveu de tal forma a mostrar que, para Deus, não há
acepção de pessoas. O apóstolo Tiago escreveu em sua carta que quem faz acepção
de pessoas comete pecado. Muitos podem não saber ou fingir que não sabem, mas a
presunção de dizer: “eu sou mais santo do que tu”, como profetizou Isaías,
também é acepção de pessoas.
Não podemos generalizar, salvo pouquíssimas exceções, muitos discursos
não só foram pecados porque estavam mentindo para si mesmo, mas crime que
desrespeita a cidadania e a dignidade da pessoa humana.
Na vida real, a fome, a miséria, a escassez de atos acalentadores de
atendimento à saúde, a educação sucateada e os desvios de dinheiro público não
admitem enganação. Exigem ação concreta para que o cidadão seja reconhecido em
sua dignidade humana e na valorização do seu estado de viver, e viver bem!
*O projeto já se encontra no congresso, mais como sempre as leis
que podem prejudicar os políticos nunca serão votadas, temos este projeto que
está pronto, mais encontra – se engavetado, PROJETO DE
LEI COMPLEMENTAR Nº 594, de 2010.
Severino Coelho Viana - Escritor e promotor de Justiça em João Pessoa.
Polícia Cidadã
Para alcançarmos está
Polícia Cidadã é necessário antes de qualquer coisa que nós como cidadãos de um
país democrático tenhamos uma polícia desmilitarizada, há uma necessidade
urgente dessa transformação. Para que tenhamos uma Polícia Cidadã somente é
necessário que você Assine a nossa petição:
PETIÇÃO
PÚBLICA PELA DESMILITARIZAÇÃO DAS POLÍCIAS E BOMBEIROS MILITARES DO BRASIL!
Consciência
Política PM&BM
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