Para o seu próprio sossego pessoal, o
ex-presidente Lula, seus fãs mais extremados e os chefes do PT deveriam pôr na
cabeça, o mais rápido possível, um fato que está acima de qualquer discussão:
só existe um meio que realmente funciona, não mais que um, para governos
mandarem na imprensa, e esse meio se chama censura. Infelizmente para
todos eles, essa é uma arma de uso privativo das ditaduras — e nem Lula, nem o
PT, nem os “movimentos sociais” que imaginam comandar têm qualquer
possibilidade concreta de criar uma ditadura no Brasil de hoje.
Podem, no fundo da alma, namorar a idéia. Mas
não podem, na vida real, casar com ela. Só perdem seu tempo, portanto, e se
estressam à toa quando ficam falando que a mídia brasileira é um lixo a serviço
das “elites”; há dez anos não mudam de idéia e não mudam de assunto. Bobagem.
O que querem mesmo é impedir que a revista
(Veja), por exemplo, publique reportagens como a matéria de capa de sua última
edição, com as declarações de Marcos Valério sobre o envolvimento direto de
Lula no mensalão.
Ficam quietos porque têm medo de que sejam
publicadas as fitas gravadas com tudo aquilo que ele disse, e as coisas piorem
ainda mais. Mas o seu único objetivo real é este: eliminar as informações
que desejam esconder.
Até agora, o plano mais ambicioso que lhes
ocorreu para chegar aonde querem foi propor algo que chamam de “controle
social” da mídia: não conseguem explicar bem o que seria isso na prática, mas
nem é preciso que expliquem.
O problema do PT, nessa história toda, é simples:
“controle social” é algo que não existe no mundo dos fatos. Na vida como ela é,
só têm controle verdadeiro sobre um órgão de imprensa os seus proprietários ou,
então, o departamento de censura. Todo o resto é pura tapeação. Mas é isso,
exatamente, que o PT propõe.
Já foi feita, de 2003 para cá, uma boa meia
dúzia de tentativas para armar o tal controle, primeiro com projetos de lei que
morreram antes de nascer, depois com “audiências públicas” e outras
esquisitices. Não saiu, até agora, um único coelho desse mato.
Falou-se também da “mobilização de setores
populares” para pressionar a mídia, mas não se conseguiu mobilizar ninguém.
Manifestações de massa, para o PT de hoje, exigem ônibus fretados, lanches
grátis, patrocínio de alguma estatal — e, francamente, não é assim que se faz
uma revolução.
Muito dinheiro do Erário tem sido gasto na
compra do apoio de uma parte da imprensa, através de verbas publicitárias e
outros tipos de ajuda: o problema, aí, é que o governo não consegue comprar os
veículos que têm mais público. Foram criadas, também, brigadas de “blogueiros”
que recebem uma espécie de “mensalinho” para falar a favor do governo e contra
quem faz críticas a ele; ninguém parece prestar atenção no que dizem.
Inventou-se, ainda, uma “TV Brasil”, emissora
que serve para apoiar as autoridades e é sustentada com dinheiro público em
estado puro. Em cinco anos de funcionamento, sua audiência continua vizinha do
zero; a esta altura, talvez tenha mais funcionários do que telespectadores.
A questão, em todos esses casos, é que
imprensa a favor não adianta nada — o que interessa a quem manda é não ter
imprensa contra. Elogios não salvaram uma única cabeça, entre os doze ministros
que a presidente Dilma Rousseff botou na rua até agora, nos casos em que foram
denunciados por corrupção no noticiário.
Não têm resolvido nada no julgamento do
mensalão, também revelado integralmente pelo trabalho da imprensa; o STF vem
sendo o flagelo de Deus para os réus, triturados um após o outro com sentenças
de condenação.
Ditaduras entendem muito bem como se controla
a imprensa. Não desejam aplausos: a única coisa que lhes importa é cortar tudo
aquilo que não querem que seja publicado. Não podendo fazer isso, o PT fica na
gritaria.
Ainda há pouco, o presidente nacional do partido,
deputado Rui Falcão, disse que a “mídia conservadora” é instrumento de uma
“elite suja e reacionária”, e fez uma ameaça: “Não mexam com o PT”. E se
mexerem — ele vai fazer o quê?
As coisas que o deputado diz não chegam a
obter a nota mínima necessária para ser levadas a sério: não há exemplo na
história de situações em que a imprensa tenha mudado de linha por causa de
discurseira desse tipo, ameaças vazias ou “pressões da sociedade”.
Veículos independentes não têm medo de
insultos, “setores populares” ou líderes políticos com popularidade de 80%; o
que lhes quebra a espinha é a força armada, e só ela. É melhor, então, o PT
segurar a ansiedade
Por Reinaldo Azevedo
Polícia Cidadã
Para alcançarmos está
Polícia Cidadã é necessário antes de qualquer coisa que nós como cidadãos de um
país democrático tenhamos uma polícia desmilitarizada, há uma necessidade
urgente dessa transformação. Para que tenhamos uma Polícia Cidadã somente é
necessário que você Assine a nossa petição:
PETIÇÃO PÚBLICA PELA DESMILITARIZAÇÃO DAS POLÍCIAS E BOMBEIROS MILITARES
DO BRASIL!
Consciência
Política PM&BM
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