Como o que ou como quem estamos realmente
comprometidos?
Antes de continuar a ler o texto, solicito que cada
um reflita e busque responder à pergunta a cima. Tentar responder pode ser
fácil, pode ser difícil, pode ser complexo ou pode fazer com que não queira
mais ler o texto. Independente disso, o importante é você saber com o que ou
com quem está comprometido realmente.
Meu questionamento se faz pelo fato de perceber que
cada vez mais há um distanciamento entre as pessoas. Existe uma dificuldade
crescente em encontrar pessoas comprometidas com algo ou alguma coisa voltada
para o comum. Já ouvi algumas respostas que me fizeram pensar mais ainda sobre
essa falta de comprometimento. Algumas opiniões que ouvi direcionavam como um
dos motivadores poderia ser a educação escolar, que na sua grande maioria ainda
desenvolve o aprendizado solitário e avalia trabalhos e desempenho de forma
individual.
Já para outros o motivador poderia estar na
educação que os pais dão aos filhos, onde os resultados são aferidos em números
em uma torturante, exaustiva e constante busca em ser sempre o primeiro, não
cabendo em hipótese alguma outro resultado. Acredito que tais processos e
comportamentos de pais e educadores são mantidos por todos nós, muito se fala
em mudança, mas pouco se muda nas famílias e nas escolas.
Na busca por resposta sobre quais os verdadeiros
motivadores de nossa condição de "ego-ismo" e déficit de
comprometimento social, alguns arriscam a dizer que a culpa é do poder público,
que os políticos não estão comprometidos com o povo. Poderia até ser, mas
acredito que os políticos estão muito mais na condição de consequência do que
de causa nesse processo, afinal de contas eles são eleitos pelo povo para o
cargo que ocupam. No universo de motivadores responsáveis pela falta de
comprometimento social, boa parte das pessoas responsabiliza as empresas,
alegando que estão voltadas para o lucro capitalista e pouco se importam com
seu papel social.
Com base nessa questão não podemos esquecer que
"empresas" são obras de ficção, pois Pessoa Jurídica só existe para
as leis e para burocracia, o que realmente existe são grupos de pessoas
divididas de forma organizada, lideradas normalmente por um grupo restrito de
indivíduos que determinam todas as normas e procedimentos que devem ser
adotadas. Portanto, uma empresa nada mais é que um grupo de pessoas que se unem
por um ideal comum. Bem, isso é o que se espera. Voltando à responsabilidade
das empresas, me vejo na condição de fazer uma pergunta bem pessoal para que
você reflita em seu cantinho mais intimo: o que te faz buscar uma oportunidade
em uma empresa?
-
O ambiente de trabalho e as relações pessoais que lá existem.
- Um melhor salário, status e benefícios.
Não há resposta certa ou errada, existe apenas uma
resposta que nos faz refletir um pouco mais sobre a responsabilidade e o
comprometimento que temos, primeiramente com nosso prazer e nossa satisfação em
estar bem, depois com nossos semelhantes e o ambiente em que comungamos e vivemos.
A palavra em questão continua sendo comprometimento, mas não podemos falar de
comprometimento se falar de consciência. Como afirmei anteriormente não existe
comprometimento certo ou errado, o que existe é consciência. Podemos arriscar e
dividir os indivíduos em dois grupos distintos quanto ao comprometimento
consciente: um que vive em busca da qualidade de vida, o outro que busca viver
com qualidade de vida.
O primeiro grupo são os indivíduos que acreditam
que, a felicidade pessoal, o sentido da vida é estar comprometido com um ótimo
salário, ter uma vida dedicada e focada no trabalho e ao desafio dos números.
Procura manter um padrão de vida cada vez mais exigente, tende a ser
materialista e na maioria das vezes percebem que as relações interpessoais funcionam
como um jogo de xadrez, são estrategistas, mobilizam e "comprometem"
pessoas com suas próprias causas. Para eles a qualidade de vida está sempre um
passo à frente. Normalmente, gastam a saúde em busca de dinheiro e depois
gastam o dinheiro que ganharam em busca de saúde.
Para o segundo grupo, a consciência está em ver o
sentido da vida comprometido com novas e melhores oportunidades de
relacionamento interpessoal, tendem a entender e a aceitar as diferenças entre
pessoas e grupos. Observam as conquistas como ações coletivas e o trabalho como
um dos elementos naturais do cotidiano. Normalmente, são pessoas que parecem
brincar enquanto trabalham tamanha a satisfação que sentem. A qualidade de vida
é praticada em cada ação o que, consequentemente, repercute positivamente na saúde.
Não vou entrar no mérito de dizer o que é certo ou
o que é errado, apenas solicito que reflitam se estão comprometidos e
satisfeitos com o que estão fazendo hoje em suas vidas.
Para você mudar e melhorar algo, comece com as
coisas que existem dentro de você mesmo. As verdadeiras mudanças começam no
coração, são organizadas na cabeça e feitas pelas mãos. Se quiser ser
diferente, a melhor forma é fazendo parte do comum, onde vai perceber que não
existe ninguém igual a você.
Por:
Carlos Marcelo Sant´Anna de Souza (texto para RH.com.br)
Polícia Cidadã
Para alcançarmos está
Polícia Cidadã é necessário antes de qualquer coisa que nós como cidadãos de um
país democrático tenhamos uma polícia desmilitarizada, há uma necessidade
urgente dessa transformação. Para que tenhamos uma Polícia Cidadã somente é
necessário que você Assine a nossa petição:
PETIÇÃO PÚBLICA PELA DESMILITARIZAÇÃO DAS POLÍCIAS E BOMBEIROS MILITARES
DO BRASIL!
Consciência
Política PM&BM
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