Toda pessoa,
consciente de sua respectiva legitimidade social e do sentido da cidadania, é
um ser político por natureza. Justamente por isso, é impossível dissociar a
política da vida humana. Enganam-se aqueles que a reduzem ao simples ato de
votar de Quatro em Quatro anos. Seria uma minimização considerá-la a partir das
urnas, ao passo que a mesma se vincula a todas as esferas da sociedade:
família, instituições, religião, saúde, educação, emprego, moradia, recursos
hídrico-sanitários e economia, entre outros. Portanto, falar de política é
também discorrer sobre as cabais realidades que fecundam e concedem sentido à
vida humana, organizada em agrupamentos sociais. Hoje, não é possível mencionar
o termo “política” distante das implicações pessoais que sua articulação nos
condiciona. É errônea qualquer expressão na qual a pessoa se isenta da vida
política, como se esta não lhe tivesse nenhuma conseqüência particular. Aqui,
vale o dito do historiador britânico Arnold Toynbee: “O maior castigo para
estes que não se interessam por política é que serão governados por quem se
interessa”. Acredito que o problema surge ao confundirmos “política” com
“politicagem”: palavras derivadas na etimologia, mas completamente diferentes
na vivência.
De acordo com a
legislação brasileira todas as pessoas entre 18 e 70 anos são obrigadas a
votar. Aos abaixo de 18 (até os 16 anos), aos acima de 70 e aos analfabetos o
voto é opcional. No entanto, a idade cronológica não pode ser o critério
suficiente. Para exercer, com discernimento e, por conseguinte,
responsabilidade o ato de votar, faz-se necessária a constituição de uma
consciência política sadia, madura e crítica. Esta deve ser apreendida desde a
mais tenra idade. Caso contrário, são os fatos do cotidiano que nos conduzem à
construção da consciência política crível e justa.
Por consciência
política compreende-se a pessoa capaz de desempenhar sua cidadania de modo
livre, sem condicionamentos previdentes ou mercantis. Trata-se do indivíduo que
não coloca os interesses pessoais acima dos interesses da população. Contudo,
são muitas as realidades nefastas que deturpam o genuíno sentido da consciência
política, acabando por feri-la ou deformá-la na prática, a saber:
1. Fazer do voto um
objeto financeiro, desqualificando-o de responsabilidade individual pelo bem ou
mal estar da população;
2. Praticar o voto sem analisar a vida do candidato e sua trajetória profissional, humana e religiosa;
3. Subornar o voto de pessoas destituídas de formação profissional qualificada em troca de dinheiro, emprego, cesta básica ou quaisquer tipos de benefícios pessoais;
4. Corromper o sentido do voto por troca de favores para si ou para familiares (nepotismo) e amigos;
5. Fazer da política um carreirismo salarial ou arrimo para a prosperidade pessoal, através do desvio de verbas públicas;
6. Utilizar da boa fé do eleitor fazendo promessas puramente “eleitoreiras” que durarão somente o tempo da campanha, uma vez que o Estado pode não possuir verbas suficientes para tal;
7. Empregar de mecanismos desfalcados ou da formação de psicólogos e publicitários, no intuito de angariar eleitores, de forma inconsciente ou de modo falseado e alienado;
8. Buscar a política pela própria política, desmerecendo a participação da população nas grandes decisões além do período de votação;
9. Agredir, por meio de poluição sonora e visual, a cidade e a vida dos eleitores, sem adesão ou permissão;
10. Deixar-se influenciar pela estética do candidato e não por suas propostas políticas e seu planejamento.
2. Praticar o voto sem analisar a vida do candidato e sua trajetória profissional, humana e religiosa;
3. Subornar o voto de pessoas destituídas de formação profissional qualificada em troca de dinheiro, emprego, cesta básica ou quaisquer tipos de benefícios pessoais;
4. Corromper o sentido do voto por troca de favores para si ou para familiares (nepotismo) e amigos;
5. Fazer da política um carreirismo salarial ou arrimo para a prosperidade pessoal, através do desvio de verbas públicas;
6. Utilizar da boa fé do eleitor fazendo promessas puramente “eleitoreiras” que durarão somente o tempo da campanha, uma vez que o Estado pode não possuir verbas suficientes para tal;
7. Empregar de mecanismos desfalcados ou da formação de psicólogos e publicitários, no intuito de angariar eleitores, de forma inconsciente ou de modo falseado e alienado;
8. Buscar a política pela própria política, desmerecendo a participação da população nas grandes decisões além do período de votação;
9. Agredir, por meio de poluição sonora e visual, a cidade e a vida dos eleitores, sem adesão ou permissão;
10. Deixar-se influenciar pela estética do candidato e não por suas propostas políticas e seu planejamento.
Sabemos bem que
“todo o poder emana do povo, muito embora pouco dele em seu nome seja exercido”
(Gercinaldo Moura). Assim sendo, saibamos valorizar o nosso voto como um ato
lícito. Reconheçamo-lo como a oportunidade de mudarmos a vida política e a
estrutura social que nos norteia. Não permitamos vendas, trocas e muito menos a
corrupção do ato de votar. Sejamos honestos para elegermos pessoas corretas e
íntegras. Se quisermos candidatos éticos no pleito precisamos efetivar a nossa
cidadania com ética. Votar por coação é o mesmo que anular o próprio voto. Vale
ainda ressaltar que existem duas ferramentas para aqueles que almejam exercer a
consciência política: o voto e o impeachment. Pena que este último, na evolução
histórica da política brasileira, só foi aplicado ao Chefe de Estado da Nação e
do Governo. Se o voto representa a esperança de dias melhores para a população
e a renovação das instituições sociais, o impeachment significa que o poder
concedido, também pode ser negado por dignos parlamentares e, ademais, pela
população: início, meio e fim de toda e qualquer gestão política!
PE. Robson de
Oliveira Pereira, C.Ss.R.
Missionário Redentorista, Reitor da Basílica de Trindade e Mestre em Teologia Moral pela Universidade do Vaticano.
Missionário Redentorista, Reitor da Basílica de Trindade e Mestre em Teologia Moral pela Universidade do Vaticano.
ué! mais e o bolsa familia? lula só ficou cinco anos e o barco vai seguindo, e o povo conciente recebe alegre e saltitante,esses mandamentos vieram tarde demais!cotas,menor não pode trabalhar,não vi nenhum parlamentar achar ruim,lá todo mundo faz o que mandam.por isso que não voto e nem acredito em nada colocado na hora das eleiçoes.cara até maconha votaram lá!
ResponderExcluir