O ser humano encontrou no medo uma forma de organização social.
Surge, assim, a cultura do medo. Impor limites, para alguns, é impor o medo. E,
assim, milhares e milhares de crianças foram educadas pelo medo, para o medo e
com medo.
Crianças que cresceram limitadas, angustiadas e, é claro, infeliz.
Quando uma criança é educada com medo, ela se torna obediente e incapaz de
impor sua vontade diante das relações desiguais. O medo assume uma representação
marcante e limitadora da potencialidade humana.
Por isso, a educação, historicamente, se deu através de castigos e
agressão. E, assim, ao longo dos séculos, o medo foi “o carro-chefe” da
educação.
Como bons filhos do medo, tememos até mesmo a liberdade, pois o
medo impõe um limite atroz, e por isso desconhecemos a liberdade. Medo de
morrer, medo da velhice, medo da doença, medo de perder o que foi conquistado,
medo de promover mudanças na vida, por isso preferimos a mesmice, medo do
desconhecido. Medo de encarar um novo desafio e perder tudo.
Medo de ter que começar tudo outra vez. Medo! Medo! Medo! Onde há
o medo, não pode haver sabedoria, dizia um filósofo antigo. Não sabemos mais
viver sem medo e sem disseminar o medo. Seja através de uma chinelada no filho
ou um olhar ameaçador. Tem até quem pense que só respeitamos aqueles a quem
tememos. É por não saber fazer se respeitar de outra forma, que o ditador impõe
o medo e alguns pais usam o chinelo. Quanta ausência de sabedoria!
Tudo isso, porque ao invés de criar a cultura da felicidade e
ensinar aos filhos como fazer bom uso da liberdade, por falta de sabedoria,
criamos a cultura do medo. E hoje, por mais que uma mudança no paradigma da
educação seja necessária, tememos a mudança. Foram séculos e mais séculos de
educação pelo medo. E, com isso, a liberdade, em pessoas despreparadas para
ela, tomou caminhos tortuosos.
Tudo isso porque a liberdade na cultura do medo foi afastada,
extirpada como se fosse um grande mal. O desafio é grande, acabar com a cultura
do medo é dar a todos os seres humanos a mesma condição de igualdade ou de
liberdade.
Por isso hoje se fala em “rede” ou “teia” na área da educação e da
família. Onde uma pessoa não é mais importante do que a outra. O problema é:
quem é que sabe educar sem se impor através do medo? Onde estão nossos sábios?
Ditadores, poderíamos apontar um monte, mas, sábios, quem conhece um?
Por isso pergunto: Somos Filhos
do Medo?
A
Polícia Cidadã é a transformação por qual passou a Polícia de outrora por
exigência da Constituição Cidadã. Essa Polícia estabelece um sincronismo entre o
seu labor direcionado verdadeiramente a serviço da comunidade, ou seja, uma
Polícia em defesa do Cidadão e não ao combate do Cidadão.
Para
alcançarmos está Polícia Cidadã é necessário antes de qualquer coisa que nós
como cidadãos de um país democrático tenhamos uma polícia desmilitarizada, há
uma necessidade urgente dessa transformação. Para que tenhamos uma Polícia
Cidadã somente é necessário que você Assine a nossa
petição:
PETIÇÃO
PÚBLICA PELA DESMILITARIZAÇÃO DAS POLÍCIAS E BOMBEIROS MILITARES DO
BRASIL!
Consciência Política
PM&BM
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