Como podemos ver a questão policial agrava-se no País, como
mostraram as greves da Bahia e do Rio de Janeiro. Mais os mais interessados
neste processo simplesmente não querem debater sobre a desmilitarização, o que
podemos dizer com toda a certeza sobre a policia militar do Brasil é que ela até
hoje demonstra a sua total deficiência no "CORPO DA POLICIA MILITAR", pois em pleno
século XXI, que trata de tecnologia e inteligência ainda temos uma polícia
militarizada, precisamos de uma polícia única, que faz o trabalho completo e
não pela metade para outra terminar.
Precisamos de uma polícia cidadã, e não militar,
pois não se trata de guerra e sim cidadania, pois a verdade violação dos
direitos humanos acontecem dentro destas instituições falidas, que por ser
militar, calam a boca de muitos inocentes.
A desmilitarização da Polícia Militar seria um
rompimento com um verdadeiro estado de exceção dentro do estado democrático de
direito, ou seja, é uma ditadura que os subordinados vivem dentro de uma
instituição policial.
Estes são submetidos a um código extremamente
severo ferindo um princípio basilar da constituição que o da igualdade. Nesse
sentido, vem uma pergunta: por que o cidadão civil tem penas mais brandas, uma
vez que todos nós somos pertencentes a uma única sociedade?
Lhe Respondo: Como também, o código de ética que
também fere princípios constitucionais como o da liberdade, por exemplo, em que
o subordinado é obrigado a cumprimentar seu superior, ou seja, infelizmente
nossa corporação é repleta de normas imorais.
Por isso eu credito que a desmilitarização é importantíssima.
Não confunda desmilitarização com hierarquia dentro dos setores privados e da
nossa própria Policia, pois a hierarquia iria ainda existir como acontece em
grandes empresas e grandes órgãos públicos e privados.
O que de fato acontece é que grande partes dos
Oficias se dizem dono da verdade, que não aceita argumentos e nem sugestão para
o bom andamento do serviço. E alem do mais a maiorias dos oficiais são os
primeiros a se corromperem dentro da instituição.
Com sua visão de Lobo atrás de suas ovelhas querem demonstrar
a sociedade que estão lutando contra a violência urbana e a corrupção Policial,
pois devemos deixar de demagogia, muitos sabem e pensam que a grande corrupção
na Policia se da através de Praças em geral, mas pelo contrario que se desmilitarizassem
as policias do BRASIL, e se todos pudessem
fiscalizar um ao outro, com toda a certeza teríamos um crescimento muito grande
no gráfico de corrupção onde outra classe " OFICIAIS" iriam crescer e
as dos "PRAÇAS" iriam diminuir.
Enfim quem tem poder não quer perde-lo não é? É
para nós observamos perfeitamente no que estamos falando é só fazer uma
pesquisa, onde o tema poderia ser o seguinte "Você concordariam com a desmilitarização?"
Iria ser claro os números onde 98% dos Oficiais
todos poderosos irão discordar.
Não pensem que a PEC 102 é a melhor para o policial
militar praça, leia o texto da PEC e verá que o mais beneficiado será o OFICIAL,
que passará ter status de delegado, enquanto o praça continuará do mesmo jeito,
então não podemos aceitar o que estão novamente querendo nos impor, devemos
debater sobre este tema, é preciso que você POLICIAL MILITAR DO BRASIL e toda a
sociedade debatam, que pensem como criar uma nova polícia, pois não basta
apenas reformar as policias, tanto civil quanto militar, é preciso criar uma
nova policia.
Então lhe peço leia o texto abaixo, e debata com
seu companheiro de serviço, mostre que você quer uma mudança urgente neste
modelo falido que temos hoje.
A Polícia
Militar brasileira é um modelo anacrônico de segurança pública que favorece
abordagens policiais violentas, com desrespeito aos direitos fundamentais do
cidadão
Uma das heranças mais malditas que a ditadura
militar nos deixou é a dificuldade que os brasileiros têm de distinguir entre
as funções das nossas Forças de Segurança (polícias) e as das nossas Forças
Armadas (exército, marinha, aeronáutica). A diferença é muito simples: as
Forças de Segurança garantem a segurança interna do Estado, enquanto as Forças
Armadas garantem a segurança externa. Polícias reprimem criminosos e forças
armadas combatem exércitos estrangeiros nos casos de guerra.
Diante das desmensuradas diferenças de funções
existentes entre as Forças de Segurança e as Forças Armadas, é natural que seus
membros recebam treinamento completamente diferente. Os integrantes das Forças
Armadas são treinados para enfrentar um inimigo externo em casos de guerra.
Nessas circunstâncias, tudo que se espera dos militares é que matem os inimigos
e protejam o território nacional. Na guerra, os prisioneiros são uma exceção e
a morte é a regra.
As polícias, por outro lado, só deveriam matar nos
casos extremos de legítima defesa própria ou de terceiro. Seu treinamento não é
para combater um inimigo, mas para neutralizar ações criminosas praticadas por
cidadãos brasileiros (ou por estrangeiros que estejam por aqui), que deverão
ser julgados por um poder próprio da República: o Judiciário. Em suma: enquanto
os exércitos são treinados para matar o inimigo, polícias são treinadas para
prender cidadãos. Diferença nada sutil, mas que precisa sempre ser lembrada,
pois muitas vezes é esquecida ou simplesmente ignorada, como na intervenção no
Complexo do Alemão na cidade do Rio de Janeiro ou em tantas outras operações na
qual o exército tem sido convocado para combater civis brasileiros.
O militarismo se justifica pelas circunstâncias
extremas de uma guerra, quando a disciplina e a hierarquia militares são
essenciais para manter a coesão da tropa. O foco do treinamento militar é
centrado na obediência e na submissão, pois só com estas se convence um ser
humano a enfrentar um exército inimigo, mesmo em circunstâncias adversas, sem
abandonar o campo de batalha. Os recrutas são submetidos a constrangimentos e
humilhações que acabam por destituí-los de seus próprios direitos fundamentais.
E se o treinamento militar é capaz de convencer um soldado a se deixar tratar
como um objeto na mão de seu comandante, é natural também que esse soldado trate
seus inimigos como objetos cujas vidas podem ser sacrificadas impunemente em
nome da sua bandeira.
A sociedade reclama do tratamento brutal da
polícia, mas insiste em dar treinamento militar aos policiais, reforçando
neles, a todo momento, os valores de disciplina e hierarquia, quando deveria
ensiná-los a importância do respeito ao Direito e à cidadania. Se um policial
militar foi condicionado a respeitar seus superiores sem contestá-los, como
exigir dele que não prenda por “desacato à autoridade” um civil que “ousou”
exigir seus direitos durante uma abordagem policial? Se queremos uma polícia
que trate suspeitos e criminosos como cidadãos, é preciso que o policial também
seja treinado e tratado como civil (que, ao pé da letra, significa justamente ser
cidadão).
O treinamento militarizado da polícia brasileira se
reflete em seu número de homicídios. A Polícia Militar de São Paulo mata quase
nove vezes mais do que todas as polícias dos EUA, que são formadas
exclusivamente por civis. Segundo levantamento do jornal Folha de S. Paulo
divulgado em julho deste ano, “de 2006 a 2010, 2.262 pessoas foram mortas após
supostos confrontos com PMs paulistas. Nos EUA, no mesmo período, conforme
dados do FBI, foram 1.963 ‘homicídios justificados’, o equivalente às resistências
seguidas de morte registradas no estado de São Paulo”.Neste estado, são 5,51
mortos pela polícia a cada 100 mil habitantes, enquanto o índice dos EUA é de
0,63 . Uma diferença bastante significativa, mas que, obviamente, não pode ser
explicada exclusivamente pela militarização da nossa polícia. Não obstante
outros fatores que precisam ser levados em conta, é certo, porém, que o
treinamento e a filosofia militar da PM brasileira são responsáveis por boa
parte desses homicídios.
Nossa Polícia Militar é uma distorção dos
principais modelos de polícia do mundo. Muitos países europeus possuem
gendarmarias, que são forças militares com funções de polícia no âmbito da
população civil, como a Gendarmerie Nationale na França, os Carabinieri na
Itália, a Guardia Civil na Espanha e a Guarda Nacional Republicana em Portugal.
As gendarmarias, porém, são bem diferentes da nossa Polícia Militar, a começar
pelo fato de serem nacionais, e não estaduais. Em geral, as atribuições de
policiamento das gendarmarias europeias se restringem a áreas rurais, cabendo
às polícias civis o policiamento, tanto ostensivo como investigativo, das áreas
urbanas, o que restringe bastante o âmbito de atuação dos militares. As
gendarmarias europeias também são polícias de ciclo completo, isto é, realizam
não só o policiamento ostensivo, mas também são responsáveis pela investigação
policial.
No Brasil, a Constituição da República estabeleceu
no seu artigo 144 uma excêntrica divisão de tarefas, na qual cabe à Polícia
Militar realizar o policiamento ostensivo, enquanto resta à Polícia Civil a
investigação policial. Esta existência de duas polícias, por óbvio, não só
aumenta em muito os custos para os cofres públicos que precisam manter uma
dupla infraestrutura policial, mas também cria uma rivalidade desnecessária
entre os colegas policiais que seguem duas carreiras completamente distintas. O
jovem que deseja se tornar policial hoje precisa optar de antemão entre seguir
a carreira de policial ostensivo (militar) ou investigativo (civil), criando um
abismo entre cargos que seriam visivelmente de uma mesma carreira.
Nos EUA, na Inglaterra e em outros países que
adotam o sistema anglo-saxão, as polícias são compostas exclusivamente por
civis e são de ciclo completo, isto é, o policial ingressa na carreira para
realizar funções de policiamento ostensivo e, com o passar do tempo, pode optar
pela progressão para os setores de investigação na mesma polícia. Para que se
tenha uma ideia de como esse sistema funciona, um policial no Departamento de
Polícia de Nova York (NYPD) ingressa na carreira como agente policial (police
officer) para exercer atividades de polícia ostensiva (uniformizado), tais como
responder chamadas, patrulhar, perseguir criminosos etc. Depois de alguns anos,
esse agente policial pode postular sua progressão na carreira para o cargo de
detetive (detective) no qual passará a exercer funções investigativas e não
mais usará uniformes. A carreira segue com os cargos de sargento (sergeant),
que chefia outros policiais; de tenente (lieutenant), que coordena os
sargentos; e de capitão (captain), que comanda o que chamaríamos de delegacia.
Apesar do que a semelhança dos nomes poderia
sugerir, não se trata de patentes, mas de cargos, pois todos são funcionários
públicos civis. Cada policial está subordinado apenas a seus superiores
hierárquicos em linha direta, assim como um escrivão judicial brasileiro está
subordinado ao juiz com o qual trabalha. Um agente policial estadunidense não
está subordinado de qualquer forma às ordens de um capitão de uma unidade
policial que não é a sua, assim como o escrivão judicial brasileiro não deve
qualquer obediência a juízes de outras varas. Para se ter uma ideia da
importância dessa diferença, basta imaginar a situação difícil em que fica um
policial militar brasileiro ao parar, em uma blitz, um capitão a quem, para
início de conversa, tem o dever de prestar continência. A hierarquia militar
acaba funcionando, em casos como esse, como uma blindagem para os oficiais, em
um nítido prejuízo para o princípio republicano da igualdade de tratamento nos
serviços públicos.
As vantagens de uma polícia exclusivamente civil
são muitas e, se somadas, a unificação das polícias ostensiva e investigativa
em uma única corporação de ciclo completo só traz benefícios para os policiais,
em termos de uma carreira mais atrativa, e aos cidadãos, com um policiamento
único e mais funcional.
No Brasil, tramita no Senado da República a
Proposta de Emenda à Constituição nº 102/2011, de autoria do senador Blairo
Maggi (PR/MT), que, se aprovada, permitirá aos estados unificarem suas polícias
em uma única corporação civil de âmbito estadual, representando um avanço
imensurável na política de segurança pública brasileira, além de uma melhor
aplicação do dinheiro público, que não mais terá que sustentar duas
infraestruturas policiais distintas e, algumas vezes, até mesmo concorrentes.
A unificação das polícias também possibilitaria uma
carreira policial bem mais racional do que a que temos hoje. O policiamento
ostensivo é bastante desgastante e é comum que, à medida que o policial militar
envelhece, ele acabe sendo designado para atividades que exijam menor vigor
físico. Como atualmente existem duas polícias e, portanto, duas carreiras
policiais distintas, os policiais militares acabam sendo designados para
tarefas internas, típicas de auxiliar administrativo, mas permanecem recebendo
a mesma remuneração de seus colegas que arriscam suas vidas nas ruas. Com a
unificação, ocorreria o que acontece na maioria das polícias do mundo: ele
seria promovido para o cargo de detetive e sua experiência como policial
ostensivo seria muito bem aproveitada na fase de investigação. Para suprir os
cargos administrativos meramente burocráticos, bastaria fazer concursos para
auxiliares administrativos que requerem vocação, habilidades e treinamento bem
mais simples daqueles exigidos de um policial.
Por outro lado, os policiais civis que realizam o
trabalho de investigação atualmente são recrutados por meio de concursos
públicos e começam a exercer suas atividades investigativas sem nunca terem
tido experiência policial nas ruas. Com a unificação da polícia, o ingresso se
daria sempre para o cargo de policiamento ostensivo, no qual o policial
ganharia experiência e só então poderia ascender na carreira para os cargos de
investigação. Um modelo que privilegia a experiência prática, e não o
conhecimento técnico normalmente exigido em provas de concursos.
Finalmente, a unificação das polícias acabaria
também com os julgamentos de policiais pela Justiça Militar. Pelo atual sistema,
os crimes praticados por policiais militares em serviço (exceto crimes dolosos
contra a vida de civis) são julgados não pelo juiz criminal comum, mas pela
Justiça Militar, em uma clara violação do princípio republicano da isonomia. É
como se as universidades federais tivessem uma Justiça Universitária para
julgar os crimes praticados por professores durante as aulas; ou as indústrias
tivessem uma Justiça Industrial para julgar os crimes praticados por
metalúrgicos em serviço. Uma espécie de universo paralelo jurídico que só se
explica pela força política dos militares quando da promulgação da Constituição
de 1988.
Desmilitarizar e unificar as polícias estaduais
brasileiras é uma necessidade urgente para que haja avanços reais na nossa
política de segurança pública. Vê-se muito destaque na mídia para projetos
legislativos que demagogicamente propõem o aumento de penas e outras alterações
nos nossos códigos Penal e de Processo Penal como panaceia para o problema da
criminalidade. Muito pouco se vê, porém, quanto a propostas que visem a
repensar a polícia brasileira.
De nada adianta mudar a lei penal e processual
penal se não se alterar a cultura militarista dos seus principais aplicadores.
Treinem a polícia como militares e eles tratarão todo e qualquer suspeito como
um militar inimigo. Treinem a polícia como cidadãos e eles reconhecerão o
suspeito não como “o outro”, mas como alguém com os seus mesmos direitos e
deveres. Nossa polícia só será verdadeiramente cidadã quando reconhecer e
tratar seus próprios policiais como civis dotados dos mesmos direitos e deveres
do povo para o qual trabalha.
Por Túlio Vianna
Consciência Política PM&BM
voces não sabem o que é uma unificação. somente quem passou por uma sabe muito bem. ninguem fica contente, pois todos saem perdendo. voces policiais militares ficarão em desvantagens. em 1970 a unificação da FP com a GC, o pssoal da GC teve a passagem para a PM de acordo com o salario da época. o pessoal da FP ganhava menos que os da GC, pois a constituição não permitia que nos tivessemos salarios superiores ao pessoal das FFAA. hoje os policiais civis estão se preparando para ganhar mais que a PM, justamente visando uma unificão futura. na unificação entre FP e GC nós da FP não tivemos direito a optar. os da GC tiveram esse direito, e muitos foram para a policia civil. nos fomos prejudicados e eles também, pois na GC o regime era diferente. não pensem os senhores que era uma maravilha, pois convivi e trabalhei com a grande maioria do pessoal da GC, eles contavam sobre as perseguições, sobre os protegidos dos chefes, sobre os "acharques",no transito, sobre as caixinhas para a chefia. muitos até achavam que estavam melhor na PM, pois eram mais respeitados. obs. bem poucos passaram para a PM como soldados; a grande maioria passou como sargentos, devido ao salario de um guarda (classe especial, 1ª ou 2ª classe) ser igual ao 2º, 3º sgt e cabo da FP, respectivamente. somente o classe distinta é quem tinha curso, passou para a PM como 1º sgt. então, isso levou mais de 20 anos para regularizar, pois uma promoção na epoca levava em media de 12 a 13 anos, como foi o meu caso que levei 13 anos para ir de 3° a 2º sgt, devido o inchaço no quadro. portanto,uma unificação entre PM e PC será bem pior, para ambos os lados. se hoje a segurança publica está uma lástima, com a unificação ficará muito pior.
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