Aquele que opta por seguir a carreira policial deveria receber,
antes de ser admitido na Força Pública, uma cartilha esclarecendo a realidade
da profissão, as obrigações, as responsabilidades e os pouquíssimos direitos que
irá ter logo após constatar que seu nome está dentre os aprovados em concurso
público para o espinhoso cargo. Estes esclarecimentos poderiam ser fornecidos
ao aluno nas Academias de Polícia, desta forma dando-lhe a oportunidade de
desistir antes de prestar o juramento.
Estar garbosamente de pé na frente de todos, da família, dos
amigos, depois de meses nas salas de aula, esticar o braço direito e dizer
cerimoniosamente: "Juro, pela minha honra, trilhar todos os passos de
minha trajetória funcional com dignidade, honrando a Instituição policial:
exercerei com desassombro e probidade a defesa social do direito, da ordem e da
lei, dando a minha vida, se preciso for, no cumprimento do dever”, além de ser
uma formalidade muito bonita é também muito fácil. O problema é estar
consciente da dificuldade em cumprir o compromisso e agir desta forma o resto
da vida.
Será que algum jovem, quando resolve ser policial, tem noção de
que está prestes a deixar de ser ele próprio para tornar-se o instrumento de
proteção da sociedade? Faz idéia de que a profissão de policial é um sacerdócio
no qual irá sacrificar sua vida pessoal, o acompanhamento do crescimento de
seus filhos, as festas em família e terá muito mais dissabores e mágoas do que
momentos felizes? Será que alguém, em sã consciência, daria preferência a
arriscar diariamente sua vida, a ficar noites acordado ouvindo e resolvendo
problemas dos outros, molhado de chuva, com frio ou em um ambiente quente e
malcheiroso? E o pior, ganhando um salário muito aquém do merecido enquanto as
pessoas que deveriam agradecer-lhe pelo desprendimento o condenam: “ganha
muito, não faz nada, é tudo vagabundo!”
Imagine então se o aspirante a policial soubesse, antecipadamente,
que não adianta ser extremamente honesto, cortês, justo ou educado. Pelo
simples fato de ser policial, da noite para o dia, será visto como ladrão,
grosso, covarde e estúpido. Nenhum pai vai querer tê-lo para genro e se for
mulher, a maioria não quer ter uma policial como filha. Quando perceber que a
maioria das pessoas que se acercam dele o fazem por interesse, para conseguir
alguma benesse, na maioria agindo contrariamente a lei e buscando tão somente
“proteção” gratuita, já será tarde, já foi nomeado, já estará na ativa.
O policial deve ter sempre em mente que estar na polícia é ter
direito a andar armado, dirigir em alta velocidade, avançar sinal tocando
sirene, parar em local proibido, porém estar na polícia não é o mesmo que ser
policial. O policial se obriga a agir dentre alguns parâmetros não exigidos para
os demais seres comuns, a ser consciente de que cada ato seu reflete a imagem
de toda a instituição.
Precisa estar ciente que parte de seus “irmãos em armas” parecem,
mas não são policiais. Estão na Força Pública para se locupletarem, roubar,
matar, prevaricar e protegerem-se atrás do distintivo, fazendo dos bons escudo,
baluarte, dividindo com os honestos as críticas por seus atos corruptos.
O policial de verdade deve perceber que não existe diferença entre
o bandido comum e o bandido “policial”, e que ambos devem ser combatidos. Porem
o bandido policial é mais difícil de vencer – ele é covarde, possui o respaldo
de toda a instituição que erroneamente lhe dispensa “o espírito de corpo”,
mesmo traindo os dogmas do ofício de policial. Certo estava o marginal Lucio
Flávio que, não obstante ser delinqüente sabia perfeitamente seu lugar quando
declarou: “bandido é bandido, polícia é polícia”. Como a água e o azeite, não
se misturam.
O distintivo, bonito ou não, de ferro ou de lata, pesa tanto
quanto o coração do policial que o recebeu. É o símbolo da confiança que a
sociedade depositou em um membro pertencente a ela própria. Como se fosse um
casamento, de um lado o cidadão, de outro o policial – pra sempre, até a
eternidade. Um policial jamais abandona aqueles que se propôs a defender,
quando o faz, é porque deixou de ser policial – podendo até continuar com o
titulo, mas restou um capacho velho, digno do lixo.
Ser policial não é estar nomeado, trazendo no bolso uma carteira,
um emblema, a arma e algema. Ser policial não é ter definida uma função,
exercer determinado cargo, estar na ativa. Ser policial é um estado de
espírito, é um fogo imortal que aquece a alma e enternece o espírito. É dar a
vida pelo próximo sem se dar conta de que está indo para a morte, é chorar ao
resgatar uma criança em perigo, é se controlar para não cometer crime quando
prende um estuprador. Ser policial é largar tudo quando um colega pede ajuda,
“virar noite” e “dobrar serviço” para prender um autor de crime, é suportar a
frustração do caso não resolvido.
Ser policial é sofrer a se ver obrigado prender um colega, mas
também é não prevaricar quando foi este que optou “passar para o outro lado”,
quando deixou de ser policial e tornou-se bandido, quando desonrou o
compromisso e descumpriu o juramento, quando traiu a própria classe.
Assim, da próxima vez que tiver o impulso de falar mal dos
policiais em geral, ao ler uma noticia dando conta da existência de criminosos
na corporação, considere: quantos bons, honestos e honrados estão trabalhando
arduamente para que você, gratuitamente, os atinja como um todo, jogando-os na
mesma vala negra daqueles poucos que não souberam ser policiais de verdade!
Por: Paulo Magalhães é delegado de policia aposentado e
presidente da Brasil Verdade, ONG do MT.
Comento: Sempre pensei assim quando entrei
nesta instituição, mais as coisas foram mudando, e com o passar do tempo, muito
disso que está escrito mudou em minha mente e coração, hoje não aceito ver
dentro de nossa instituição a covardia que acontece: um colega ser preso ou
prejudicado por chegar alguns minutos atrasado, enquanto um oficial pode chegar
atrasado e nada acontece com o mesmo, aprendi a duras penas que em nosso meio a
dois pesos e duas medidas, e por isso fui notando que a duas policias dentro de
uma única policia, quando é o praça que comete qualquer deslize o que acontece,
vem um Oficial e fala na imprensa acusando de errado antes de saber a
verdadeira situação e analisar e fala que vai prender, que o mesmo estava errado, que será expulso, agora
quando é com eles o que fazem escondem debaixo do tapete.
Talvez muita gente não concorde com o meu pensamento, direito
deles, mais nos 21 anos em que estou aqui só o que vi foi à outra policia
melhorando e a minha piorando, o praça é tratado como escravo do oficial, o
mesmo acha que pode querer fazer tudo como antigamente os senhores de engenho
faziam com os escravos daquela época, os senhores de engenho hoje simplesmente
esqueceram que a Lei Áurea foi assinada, ah com diz um colega, foi a lápis
então eles apagaram a assinatura.
O que temos que fazer para mudar isso, muitos vão dizer que o governo
não vai desmilitarizar as PM e BM do Brasil, claro os Oficiais não querem
perder seu posto, vão mentir a torto e a direito dizendo que vamos para a vala
comum, mentira, temos vários exemplos ao nosso lado, não perderemos direitos,
vejamos a PF, PRF e a PC aposentam com 30 anos com o mesmo salário, diferente de
nós praças que perdemos dinheiro, que nos faz falta, você acha isso correto,
passar 30 anos da sua vida dando sangue por uma instituição e ao se aposentar
perde dinheiro em vez de ganhar?
Enquanto tivermos este maldito nome: Militar em nossas costa, digo
em nossos ombros, sendo chicoteados todos os dias com um RDE arcaico, com
pessoas que não são capacitadas para dirigir um grande instituição como estas
em que trabalhamos todos os dias, não seremos cidadãos, seremos sempre tratados
com Subcidadão, sem direitos somente com deveres, lhes pergunto até quando vocês
ficaram com este grilhão (corrente) atados as vocês, esta corrente que lhe
prende é o militarismo.
As mudanças só virão se elas forem feitas de dentro para fora,
pois somente assim as coisas mudaram em nossa instituição, pois os Oficiais
jamais admitiram perder seu Status (honra, ou
o prestígio anexados a posição de alguém na sociedade), então praças do Brasil, uni – vos,
pois somente vocês conseguiram a tão sonhada liberdade, pois os oficiais já
fizeram Lobby (do inglês lobby, ante-sala, corredor, é
o nome que se dá à atividade de pressão
de grupos, ostensiva ou velada, com o objetivo de interferir diretamente nas
decisões do poder público,
em especial do Legislativo,
em favor de interesses privados) junto a presidência da republica para não acabar com o
militarismo, mais a lei diz claramente que 1% do eleitorado do Brasil tem que
assinar a petição, digo mais hoje somos aproximadamente 600.000 policiais em
todo o Brasil, imagine se todos assinarem, e se cada um conseguir mais 10 pessoas
para assinarem esta petição, teremos 6.000.000 e com isso conseguiremos passar
a ser verdadeiramente considerados cidadãos deste nosso BRASIL, gozando de seu
plenos direitos constitucionais:
"AVANTE GUERREIROS DO BRASIL, VAMOS A LUTA”, em busca de no mínimo 1.500.000 ASSINATURAS DESTA PETIÇÃO:
E por último aprendam duas coisas na vida e na política:
LUTEM POR SUA LIBERDADE.
E;
OFICIAL JAMAIS VAI FAZER ALGO PARA O PRAÇA, ENTÃO NESTA ELEIÇÃOMUNICIPAL
E EM 2014 NÃO VOTE EM OFICIAL, VOTE EM PRAÇA. NÃO SE ESQUEÇAM DAQUELE OFICIAL QUE
FICOU MAIS DE 12 ANOS NA CÂMARA FEDERAL E NUNCA FEZ NADA PELO PRAÇA, TENHA – O COMO
EXEMPLO DE COMO OFICIAL SÓ LUTA POR SUA CATEGORIA.
O Cara é maluco, esse tal de Consciência Política PM&BM, isso jamais acontecerá companheiro, primeiro esta tropa é desunida, jamais aprenderam que enquanto for militar tem que ficar pianinho, então esquece, repito, o cara é maluco mesmo, sonhar pode o que não pode é delirar, temos que nos juntar aos oficiais, pois eles são forte e podem sim mudar a pm, temos que fortificar o militarismo dentro das instituições sim, devemos ser militar até o fim, não assino e não assinarei nada.
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